Escrita Criativa
Os textos com que participei no concurso de Escrita Criativa:
Peço um desejo para 2014
Numa
fria e chuvosa tarde de início de ano, Sofia com 12 anos observava a rua vazia.
Enquanto
pensava o que fazer, Sofia viu uma revista em cima do sofá e decidiu lê-la. Ao
folheá-la, viu um artigo acerca da pobreza e todos os seus derivados. Leu
também que, a fome e os maus tratos faziam parte do dia-a-dia dessas pessoas e
que devido ao analfabetismo lá existente, a procura de emprego complicava-se
ainda mais.
Sentindo
compaixão, Sofia olhou para os seus livros e viu numa prateleira um pequeno
caderno que tinha feito na escola e onde aproveitava para escrever os seus
desejos e sonhos.
Pegando
numa caneta, Sofia foi buscá-lo e sentada na sua cama, escreveu:
“Desejo
que neste ano de 2014 a pobreza acabe e que todas as pessoas tenham direito a
aprender.”
Depois
de reler o que acabava de escrever, Sofia olhou para o seu peluche preferido e
abraçou-o. Minutos depois, pegou novamente no caderno e acrescentou:
“…
Desejo também que todas as crianças do mundo possam viver livres, sem medos e
com a certeza de que os direitos são iguais para todos.”
Após
decorar o apontamento com desenhos de flores, Sofia guardou o caderno na gaveta
e feliz, esperou pela sua concretização.
Peço um desejo para 2014
Num
dia com muita chuva, Ana de 10 anos via divertida os desenhos animados da
televisão, onde várias personagens estavam doentes. Com a certeza de que também
inúmeras pessoas estavam nas mesmas situações, Ana olhou para o seu gato Fifas
e disse:
-
Ainda bem que não estou doente.
Fifas
aproximou-se e encostando o focinho às pernas de Ana, começou a ronronar. Nesse
momento, Ana teve uma sensação esquisita e disse-lhe:
-
Fifas, nas minhas orações da noite vou começar a pedir para que as doenças
acabem e para que todos sejam felizes.
Peço um desejo para 2014
Numa
tarde após o regresso da escola, os gémeos Tiago e Pedro de 11 anos fizeram os
trabalhos da escola e foram ver televisão onde transmitiam um documentário
acerca das guerras.
Atento,
Tiago observava tudo e sentindo algum medo, aproximou-se mais do irmão que lhe
disse:
-
As guerras são muito más.
Concordando,
Tiago disse:
-
Pois são. As pessoas morrem e às vezes não fica nada resolvido.
Pedro
disse:
-
Era bom se as guerras acabassem e se todo o planeta pudesse viver em paz.
Nesse
momento, o pai João entrou e perguntou:
-
Olá filhos. Que se passa para estarem tão quietos?
Pronto
para explicar tudo, Tiago respondeu:
-
Estávamos a falar das guerras e como era bom se acabassem.
Concordando,
João disse:
-
Isso é que era mesmo bom.
Curioso,
Pedro perguntou:
-
Porque é que há guerras?
João
explicou:
-
Muitas vezes, as guerras são por causa de dinheiro. Mas, em outras é só pela
maldade dos homens.
Atento,
Tiago perguntou:
-
Como podemos fazer para as guerras acabarem?
João
olhou para os filhos e respondeu:
-
Nós não podemos fazer nada. Somos muito pequenos para isso.
Percebendo
o significado da palavra pequenos, Pedro disse:
-
O meu desejo para este ano é que as guerras acabem e que todos sejam felizes.
Concordando
com o irmão, Tiago disse:
-
O meu também.
A
partir desse dia, o maior desejo dos irmãos era que as guerras terminassem e
que o mundo fosse feliz.
Um desejo para 2014
Na
pequena aldeia Fingida, todos os habitantes estavam felizes com o início do
novo ano e por isso, todos os momentos eram de alegria.
Numa
pequena e acolhedora casa da rua Pipoca, as irmãs Matilde com 8 anos e Joana
com 10, ajudavam a mãe Bia a preparar o almoço e felizes, distribuiam a salada
pelas travessas e entre sorrisos e risadas, tudo correu pelo melhor.
Durante
o almoço, os pais elogiaram o trabalho das filhas e depois de tudo terminado,
foram para a sala ver televisão. Nesse momento, Matilde foi à janela e viu um
pequeno rapaz a vasculhar o lixo.
Sentindo
um enjoo, Matilde chamou a mãe e disse-lhe:
-
Mãe. Olha aquele rapaz a mexer no lixo.
Olhando
pela janela, Bia observou o rapaz e disse:
-
Deve andar à procura de alguma coisa.
Enquanto
isso, uma outra criança apareceu e tal como a primeira, começou a remexer no
lixo. Segundos depois, Joana disse:
-
Eles se calhar têm fome e estão a procurar comida.
Sensibilizada,
Matilde disse:
-
Era muito bom se deixasse de haver pessoas com fome.
Concordando,
Joana disse:
-
Muitas vezes fazem campanhas de recolha de alimentos mas, nem todas as pessoas
são ajudadas.
Depois
de pensar um pouco, Matilde disse:
-
A partir de agora, não vou desperdiçar a comida e vou tentar ajudar as pessoas
mais pobres.
Sorrindo,
Joana disse:
-
Eu vou rezar todas as noites e vou desejar que acabe a fome no mundo.
Felizes
pelo que tinham decidido, as irmãs contaram tudo à mãe que, contente pela
vontade de ajuda das filhas, disse:
-
Espero que o vosso desejo se realize e que mais pessoas pensem assim.
Durante
esse dia, as irmãs desejaram cada vez com mais força que a fome terminasse e
que 2014 fosse um ano de mudança.
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