A Oficina Dos Brinquedos
Com o natal a aproximar-se rapidamente, o Pai Natal e os duendes
Madeirinha, Despistado, Brincalhão, Rebelde, Resmungão e Rezinga não paravam de
receber cartas.
Pacientes, cada um lia
uma e anotava no grande quadro as prendas pedidas. Enquanto lia uma, o duende
Rezinga aproximou-se dos colegas.
- Lá vou eu ter que
fazer mais uma pista de carros – disse Rezinga, começando a trabalhar.
- Pois eu, vou fazer um
castelo de princesas – disse Brincalhão.
- Eu, não sei o que está
escrito nesta carta – disse Despistado.
- Porquê!? – perguntou
Madeirinha.
- As letras são tão
tortas que não consigo perceber a maioria das palavras – respondeu Despistado.
Olhando para a carta,
Rebelde sorriu.
- As letras estão
perfeitas – disse Rebelde.
- Não estão nada – disse
Despistado.
- Experimenta pôr os
óculos e vais ver como tudo melhora – disse Rebelde.
Atrapalhado, Despistado
pôs os óculos.
- Tens razão, Afinal, as
letras são até muito bonitas – disse Despistado.
- Tu és mesmo um
despistado que anda sempre com a cabeça na lua – disse Rebelde.
- Muito bem. Esta menina
pede uma Barbie e um cavalo de baloiço – leu Despistado, começando a trabalhar.
- Eu vou fazer um carro
de corrida – disse Brincalhão.
- E eu, tenho que ir
fazer uma fábrica de pipocas – disse Resmungão.
- A fábrica de pipocas é
fácil de fazer. Só tens de ir ao armazém buscar as peças – disse Brincalhão.
Apressado,
Resmungão foi para o armazém e alguns minutos depois, ouviu-se um grande
estrondo parecido com uma explosão.
Percebendo que alguma
coisa tinha acontecido, os restantes duendes correram até lá. Ao entrarem,
viram espalhados pelo chão, vários caixotes e Resmungão olhava para a confusão
com cara de poucos amigos.
- Só a mim é que isto
acontece – disse Resmungão.
- Que aconteceu? –
perguntou Madeirinha.
- Ando á procura de uma
peça e caiu tudo – respondeu Resmungão.
- Que peça? – perguntou
Rezinga.
- Falta-me o parafuso
torcido para o depósito – respondeu Resmungão.
- Já viste na gaveta do
material com defeitos? – perguntou Brincalhão.
- Acho que vi em todos
os sítios, menos aí – respondeu Resmungão.
Apressado, Resmungão
abriu a gaveta e começou a procurar o parafuso que lhe faltava. Alguns minutos
depois, ainda sem encontrar o que procurava, Resmungão fechou a gaveta com
violência e alguns parafusos caíram, entre eles um dos que eram procurados.
Feliz, Resmungão
apanhou-o e regressou à construção da fábrica de pipocas.
Segundos depois, Crucas
o pombo mensageiro entrou na oficina muito apressado.
- Rápido! Rápido! –
berrava ele.
- Que aconteceu? –
perguntou Madeirinha.
- Encontrei várias
cartas de pedidos que, deviam ter aqui chegado mas, ficaram caídas perto do
marco do correio – respondeu Crucas.
- Vamos lê-las e tratar
dos pedidos – disse Brincalhão.
Depois de distribuídas,
cada um leu a sua e recomeçou o trabalho. Concentrados, os duendes não viram a
pequena rena Sóri entrar e, só quando esta se aproximou mais é que perceberam a
sua presença.
- Olá – disse
Madeirinha.
- Olá – respondeu Sóri.
- Estás preparada para o
natal? - perguntou Despistado.
- Estou – respondeu
Sóri, desanimada.
- Nós não paramos de
fazer prendas – disse Rebelde.
- Eu nunca recebi
nenhuma prenda – disse Sóri.
Ao ouvirem as palavras
de Sóri, os duendes olharam uns para os outros e tiveram uma ideia.
No dia seguinte,
encontrando-se na oficina, os duendes reuniram folhas de azevinho, pinhas,
bolotas e pequenos ramos de pinheirinhos e fizeram uma linda coroa de natal.
Felizes, embrulharam-na num papel muito colorido e alegre e guardaram-na muito
bem escondida.
Alguns dias depois, Sóri entrou na oficina e não viu nenhum dos
duendes.
De um momento para o
outro, todas as luzes se apagaram.
Então, uma árvore de
natal iluminou-se e, à suas volta os duendes cantavam:
“Para a Sóri é esta prenda, para que não se arrependa.”
Emocionada, Sóri correu
até aos duendes e abraçou-os cheia de felicidade.
Segurando a coroa,
Madeirinha e Rezinga colocaram-na no pescoço de Sóri que sorriu feliz.
No fim, todos de mãos
dadas, cantaram ao redor de Sóri.
“A
Todos Um Bom Natal”
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