Diogo e o pinheirinho de natal

         A neve caía e na rua Luminosa, muitas crianças brincavam felizes. Enquanto isso, os adultos começavam a decorar as casas para o natal e, parecia que uma magia pairava no ar.
Numa casa branca com um bonito jardim, morava Diogo de 9 anos, os pais e o gato Pipoca.
Diogo adorava brincar e por isso, sempre que podia, corria para a rua para se encontrar com os amigos Hugo e André.
Naquele dia, Diogo acordou com muita preguiça e ligou a televisão para ver os seus desenhos animados preferidos. Pouco depois, ouviu:
“Levanta-te. Preciso de ajuda.”
Diogo levantou-se rapidamente e foi tomar o pequeno-almoço. De seguida, procurou os pais por toda a casa mas, não os encontrou. Olhou para Pipoca mas, ele dormia todo esticado no sofá.
Sem saber o que fazer, Diogo saiu para a rua e, enquanto atravessava o jardim, viu que a sua casa estava toda enfeitada e colorida. Enquanto observava tudo, olhou para o pinheirinho que lá estava e, viu-o sem nenhum enfeite ou luz.
Então, entrou em casa e foi à arrecadação buscar os enfeites para o pinheirinho. Escolheu bolas brilhantes, fitas coloridas, sinos e laços e correu para o jardim. Aproximou-se do pinheirinho e começou a distribuir os enfeites.
Quase no final, quando Diogo estava a prender a última fita, o pinheirinho abanou durante uns segundos e, todos os enfeites caíram.
Diogo apanhou-os e voltou a enfeitar o pinheirinho mas, ele abanou novamente e mais uma vez, a decoração caiu. Chateado, Diogo olhou para o pinheirinho que agora, estava muito quieto.
- Vou enfeitar-te mais uma vez.
Com cuidado, Diogo voltou a distribuir os enfeites e, quando só faltava uma bola, ouviu:
“Se pendurares essa bola, mando tudo para o chão.”
Assustado, Diogo olhou para todos os lados mas não viu ninguém.
- Quem está aí!?
“ Sou eu, o pinheirinho.”
- Os pinheirinhos não falam.
“Eu falo.”
- Não pode ser.
“Pode, pode. Eu falo e não quero ser enfeitado.”
- Porquê!?
“Porque quando estou enfeitado, todos olham para mim e sorriem mas, depois do natal ninguém se importa comigo nem olha para os meus ramos.”
- Mas, no natal todos os pinheirinhos dos jardins são enfeitados.
  “Eu não.”
- O que é que eu posso fazer?
“Não sei.”
Triste, Diogo regressou a casa e foi para o quarto. Lá, pensou em como podia ajudar o pinheirinho. Depois de muito pensar, encontrou uma solução.
Então, foi ao cesto de costura da mãe e, tirou de lá um grande e bonito laço vermelho.
A correr, regressou ao jardim e aproximou-se do pinheirinho, mostrou-lhe o laço.
- Gostas deste laço?
“É bonito.”
- Este laço é para ti. Vai ficar preso num dos teus ramos e, prometo-te que ninguém te vai cortar.
“Prometes mesmo?”
- Prometo.
“Ainda me queres enfeitar?”
- Sim.
“Então, enfeita. Vou ser um lindo pinheirinho de natal.”
- Vou já começar.
Diogo enfeitou então o pinheirinho que, brilhava feliz.

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