As Gémeas E O Duende
Com o inicio de mais um
dia, as gémeas Núria e Nádia de 9 anos brincavam felizes com as suas bonecas.
Enquanto as penteavam, a mãe Cremilde aproximou-se e disse:
- Filhas. A mãe da Jéssica ligou a
convidar-vos para irem fazer um piquenique com a filha no parque Escarlate.
Felizes, as gémeas responderam:
- Claro que vamos.
Então,
Cremilde foi à cozinha e minutos depois regressou com um bolo de chocolate,
decorado com coloridas pintarolas e bonitos lacinhos de chocolate branco.
Algum
tempo depois, as irmãs foram para o parque e viram lá, os amigos Daniela,
Pedro, Leonor, Rafael e Jéssica que, riam felizes.
Já
junto dos amigos, Núria e Nádia divertiram-se com algumas piadas e brincadeiras
e, minutos depois viram perto de um arbusto flores muito bonitas. Então,
decididas a apanhar algumas, aproximaram-se e enquanto as observavam melhor,
sentiram uma aragem que agitou os malmequeres.
Quando
se preparavam para regressar para junto dos amigos, viram caído no chão um
bonito e brilhante laço vermelho que apanharam, pensando que fosse de algum
amigo.
De
regresso a junto dos amigos, Núria mostrou o laço e perguntou:
-
Este laço é vosso?
Todos
responderam:
-
Não.
Terminado
o piquenique, as gémeas regressaram a casa e no quarto, ficaram a observar o
laço. Então, Nádia disse:
-
O laço é muito bonito. Parece que tem um brilho mágico como os das histórias de
fadas.
Durante
a noite, o laço brilhava como uma estrela o que, deixou as irmãs cheias de
curiosidade e de vontade de perceber qual a causa para ele ser assim.
Dias
depois, Núria disse:
-
Vamos ao local onde encontrámos o laço. Pode ser que lá esteja mais alguma
coisa.
Já
no parque Escarlate, Núria e Nádia foram ao local onde tinham apanhado as
flores e lá, viram um duende ocupado a remexer no arbustos e a dizer:
-
Onde é que estará. Já procurei em todo o lado e tenho quase a certeza de que o
perdi aqui no parque.
Lembrando-se
do laço que tinham encontrado, Núria disse:
-
No dia do piquenique, encontrámos no chão um laço vermelho.
Rapidamente,
Nádia disse:
-
Sim. E o laço está sempre a brilhar como uma estrela.
Interrompendo,
o duende disse:
-
É o meu laço.
Então,
Nádia perguntou:
-
Como te chamas?
O
duende respondeu:
-
Sou o Orelhudo. O duende do parque.
Núria
disse:
-
Nós somos as gémeas Núria e Nádia.
Percebendo
a felicidade do duende, Núria disse:
-
Amanhã trazemo-lo para te entregar.
Sorrindo
de felicidade, o duende disse:
-
Vai ser muito bom. Eu e o laço somos muito amigos.
No
dia seguinte logo de manhãzinha, as irmãs pegaram no laço e viram que ele
estava com uma cor mais apagada e triste.
A
correr, as irmãs chegaram ao local combinado e Orelhudo já as esperava. Ao
vê-las com o seu laço, disse:
-
Que bom. Estava cheio de medo de o ter perdido para sempre.
No
momento em que Orelhudo pegou no laço, este voltou a ter a sua cor viva e
brilhante. Então, ele disse:
-
Obrigado. Para vos agradecer, convido a irem comigo visitar o meu mundo.
Sorrindo,
as irmãs disseram:
-
Está bem.
Rapidamente,
uma nuvem envolveu todos e, transportou-os para um outro jardim onde vários
duendes cantavam:
“Com
orelhas longas e curtas, todos temos que viver.
Redondas
e pontiagudas o importante é entender.”
Terminada
a música, Orelhudo aproximou-se dos outros duendes e apresentou-os:
-
Estes são os meus amigos. O Orelhinhas, o Orelhão, a Orelhacas e a Orelhitas.
Então,
Orelhacas perguntou:
-
E as tuas amigas, como se chamam?
Cada
uma se apresentou:
-
Eu sou a Nádia.
-
E eu a Núria.
Orelhão
olhou para as gémeas e perguntou:
-
Como é que conseguem ser iguais?
Núria
respondeu:
-
Nós já nascemos iguais. Por isso, somos irmãs gémeas.
Sorrindo,
Orelhitas disse:
-
Que engraçado. Nunca pensei que isso fosse possível.
Orelhudo
disse:
-
O mundo é cheio de diferenças e a mãe natureza é que cria tudo. Nós, somos diferentes
das outras pessoas por causa das orelhas mas, não podemos mudar isso.
Nádia
disse:
-
Nós, ao inicio não gostávamos de ser gémeas mas, depois percebemos que até é engraçado.
Núria
disse:
-
Ás vezes as pessoas confundem-nos.
Então,
Orelhudo disse:
-
Temos que aprender que, somos Todos Diferentes, Todos Iguais.
Nesse
instante, surgiu a nuvem e transportou as irmãs para casa.
A
partir desse dia, em todos os momentos livres, as gémeas iam ao parque e lá conversavam
com Orelhudo e ouviam histórias fantásticas.
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