A manhã começava com o
sol a romper as nuvens e o País da Música acordava lentamente.
Na rua Sólidó, a Dó e a Mi tomavam o pequeno-almoço e
conversavam:
- O dia hoje está fantástico para passear – disse a Dó.
- Podíamos telefonar aos nossos amigos e irmos ao bosque
visitar os passarinhos – disse a Mi.
- Boa ideia. Vamos já – disse a Dó.
Saíram então de casa e depois de andarem um bocado, chegaram
a casa da Lá que, aceitou feliz o convite.
- Agora vamos chamar o Ré e o Sol – disse o Mi.
Alguns metros depois, encontraram o Ré e o Sol que brincavam
com as borboletas.
- Querem ir connosco ao bosque? – perguntou a Lá.
-
Sim – responderam eles.
- Falta a Si e a Fá – disse o Mi.
- Vamos ao parque porque, a esta hora a Si deve estar a dar
comer aos patos – disse a Sol.
- Então, vamos lá – disse a Lá.
Durante o caminho, o policia Quarteto viu-os e sorriu.
- Bom dia, amigas notas – disse ele.
- Bom dia – responderam as notas, continuando a andar.
Ao chegarem ao parque, as notas musicais viram a amiga Si
que, tal como tinham pensado, estava a alimentar os patos.
- Si, nós vamos ao bosque. Queres vir? – perguntou o Sol.
- Sim. Vou só arrumar o cesto do comer dos patos – respondeu
o Si.
- Só falta a Fá – disse a Ré.
- Ela deve estar em casa – disse a Mi.
- Então, vamos lá chamá-la – disse a Lá.
Depois de andarem um bocado, chegaram a casa da amiga e
bateram à porta mas, não apareceu ninguém. Voltaram a bater mas, continuou a
não aparecer ninguém.
Momentos depois, a clave de sol apareceu.
- Estão à espera de alguém? – perguntou ela.
- Sim. Queríamos falar com o Fá mas, ele não abre a porta –
respondeu o Dó.
- Eu ainda não o vi hoje mas, vou perguntar á Colcheia que,
sabe sempre por onde andamos – disse a Clave de Sol.
- Espero que ela saiba – disse o Lá.
Enquanto procurava a Colcheia, a Lá passou ao lado da
Semibreve que trocava segredinhos com a Semiminima.
- Não viram a Fá? – perguntou a Lá.
- Ouvi dizer que ela está de castigo – disse a Semiminima.
- Pois. Acho que ela fez asneiras – disse a Semibreve.
- Nós vamos ver o que aconteceu – disse o Lá.
Ao chegarem a casa da Fá, as amigas bateram à porta e, só
depois de algum tempo é que a porta foi aberta. Então, apareceu a mãe Fá Maior.
- Bom dia – disse ela.
- Bom dia. A Fá está em casa? – perguntou a Lá.
- Está sim – respondeu a Fá Maior.
- Podemos chamá-lo para ir connosco ao bosque? – perguntou a
Ré.
- Poder podem. Mas, ela hoje está difícil de aturar –
respondeu a Fá Maior.
Ao chegarem ao quarto do amigo, bateram à porta e pouco
depois, Fá abriu-a.
- Olá Fá – disse o Mi.
- Olá – respondeu o Fá a olhar para o chão.
- Queres vir connosco ao bosque? – perguntou o Si.
- Não! Hoje não vou sair do quarto – respondeu o Fá.
- Porquê!? – perguntou o Sol.
- Estou chateado com os outros – respondeu o Fá.
- Mas, estás chateado porquê!? – perguntou o Ré.
- A Mínima e a Semicolcheia estiveram a gozar comigo –
respondeu o Fá.
- Gozaram contigo? – perguntou o Mi.
- Sim. Ontem, quando estava a ensaiar, o som foi muito,
muito grave e a partir daí, elas começaram a gozar comigo – disse a Fá.
- Já falaste com elas? – perguntou a Si.
- Não – respondeu a Fá.
- Então, vamos todos falar com elas – disse o Sol.
Depois de andarem um bocado, encontraram a Mínima e a
Semicolcheia ao pé da Breve.
- Porque é que gozaram com a Fá? – perguntou a Mi.
- Porque nos apeteceu – respondeu a Mínima.
- Então, agora vão pedir-lhe desculpa pois nós, as notas
musicais não se podem separar nem chatear – disse a Mi.
Apesar de um pouco contrariadas, a Mínima e a Semicolcheia
aproximaram-se.
- Desculpa Fá – disseram elas.
Depois de aceitar as desculpas, a Fá sorriu e abraçou todas
as outras notas musicais.
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