Perdida entre montes e vales, a aldeia Caneco distinguia-se de todas as outras pelos seus lindos e coloridos jardins.
Numa pequena casa da rua Chaleira, morava Daniel com 10 anos e a irmã Núria com 9 que, adoravam brincar nos baloiços do parque Estrelinha. Enquanto se divertiam, Daniel olhou para o monte lá próximo e viu um carro branco a percorrê-lo. Achando aquilo estranho, olhou para a irmã.
- Está um carro no monte.
- Devem ser turistas que andam a passear.
Continuando com a diversão, os irmãos brincaram na areia, na beira do lago e a correr, percorreram várias vezes o parque. Já cansados, sentaram-se num banco do jardim e ficaram a observar tudo.
- Agora, podíamos ir ver se já acabaram de reconstruir a ponte Maciça.
Aceitando a sugestão, Núria sorriu.
- Sim. Estou curiosa com o que fizeram.
Animados, correram até à ponte e viram flores a crescer. Enquanto observavam tudo, um carro branco com reboque aproximou-se e apressado apitou. Com o movimento, o reboque fazia um barulho que parecia latas a bater entre si.
- Que barulho esquisito!
Minutos depois, os irmãos regressaram a casa e o dia terminou.
Dias depois, os irmãos foram passear com o seu cão Xili e, ao passarem perto do lago, viram pedaços de vidro no chão. Sem saberem como é que os vidros lá tinham ido parar, pararam a pensar.
- Que esquisito!
- Se calhar fizeram aqui algum piquenique e podem ter partido alguma coisa.
- Se calhar foi isso.
Pouco depois, Xili afastou-se um bocado e começou a ladrar ao pé de um amontoado de ramos. Aproximando-se, os irmãos remexeram-nos e encontraram uma pequena caixa de madeira. No momento em que Daniel lhe pegou, Xili recomeçou a ladrar e ouviram uma voz.
- Agora que já carregámos, podemos ir.
- Encontrámos o melhor sitio para ser o nosso armazém. Ninguém suspeita de um velho e abandonado moinho.
Escondidos, os irmãos ouviram os homens a afastarem-se e, alguns minutos depois, saíram do esconderijo e apressaram-se a regressar a casa.
Já sentados no sofá pensaram no que tinha acontecido.
- O que ouvimos foi muito estranho.
- Pois foi.
- Aqui perto só há o moinho abandonado e, só pode ser lá o armazém.
- Temos que lá ir e tentar descobrir alguma coisa.
Na manhã seguinte, os irmãos saíram de casa e a correr, aproximaram-se do moinho. Lá, ouviram uns barulhos estranhos e uma voz.
- Zeca, já arrumei o nosso último serviço.
- Num tarda, temos que arranjar outro armazém. Fred, vem ajudar a fechar a porta.
- Vou só ligar ao Chico para ele tentar já começar a procurar compradores.
Segundos depois, ouviram a mesma voz.
“O serviço está feito. Quando quiseres, podes começar a vender.”
Continuando a achar as conversas estranhas, Daniel aproximou-se da porta que, não tinha fechado completamente. Espreitou para o interior do moinho e viu lá muitos caixotes de diversos tamanhos.
A correr, Daniel aproximou-se da irmã.
- Vamos embora! Depressa!
A correr, afastaram-se e ao chegarem à Praça Funil, pararam.
- O que aconteceu!?
- O moinho está cheio de caixotes. Uns grandes e outros mais pequenos.
- Vamos falar com o Dunas. Como ele é pastor, pode saber o que se passa no moinho.
- Sim. Vamos.
A correr, foram até casa do amigo e, encontraram-no na varanda.
- Olá Dunas.
- Olá rapaziada. O que se passa!? Parece que estão assustados.
- Sabes porque é que o velho moinho está cheio de caixotes?
- Caixotes!?
- Sim. De vários tamanhos.
- Estranho! O velho moinho foi abandonado à tanto tempo que, lá dentro só deviam estar teias de aranha.
- E não é só isso.
- Pois. Vimos dois homens entrarem para lá e, ouvimos-los a falar de um serviço e da venda de algumas coisas.
- Isso é muito estranho.
- Então, não sabes o que se passa por lá?
- Não. Na última vez que lá fui, não vi nem ouvi nada.
- O que achas que podemos fazer?
- Eu e o Daniel vamos lá e tu, ficas por aqui à nossa espera. Se demorarmos muito, chama a policia e vão ter connosco.
- Não têm medo?
- Temos. Mas, vamos ser fortes.
- Então, está bem.
- Vamos lá, Daniel.
- É para já.
Então, os amigos afastaram-se e Núria ficou ansiosa.
Ao chegarem perto do moinho, Dunas e Daniel esconderam-se atrás de uns arbustos e ficaram à escuta.
Minutos depois, viram dois homens aproximar-se e, parar mesmo em frente à porta. Então, outros dois homens que estavam lá dentro, saíram.
- Então, já sabem. Vamos despachar o assunto senão o comprador desiste.
- Tem calma. Eu e o Neco levamos algumas caixas e vocês, outras.
- O armazém está aberto?
- Claro que não. A chave está debaixo da pedra amarela que está lá no chão.
- Ok. Vamos então despachar o assunto.
- Vamos lá.
Atentos, Dunas e Daniel não se mexiam e só sussurravam.
- Onde será o armazém?
- Aqui na zona, só há um sitio que pode servir de armazém.
- Diz!?
- O lagar abandonado.
- Tens razão.
- Mas, eu vou até lá enquanto, vais a casa ligar para a policia e depois vais com ele.
- Preferia ir contigo.
- Eu sei Mas, não podemos perder tempo.
- Ok.
Com cuidado, Daniel afastou-se silenciosamente.
Vendo que a carrinha ainda estava no mesmo local, Dunas afastou-se a correr em direção ao moinho. Enquanto isso, Daniel chegou a casa e, enquanto marcava o número da policia contou à irmã o que tinham descoberto.
- Boa tarde, senhor agente. Estão a usar o velho moinho como armazém para coisas roubadas. Podem ir até lá?
- Boa tarde. Tem a certeza?
- Claro que tenho.
- Não se preocupe que, vou já enviar uma equipa para lá.
- Não demorem.
- Obrigado.
Terminada a conversa, Daniel e Núria saíram de casa a correr e, dirigiram-se para o moinho.
Lá, viram a carrinha dos ladrões e, olharam para todos os sítios, à procura de Dunas. Segundos depois, ouviram um barulho parecido com o piar dos pássaros e, depois de procurarem a origem do barulho, viram Dunas atrás de umas ervas altas. Cuidadosamente, aproximaram-se dele.
- A policia deve estar quase a chegar.
- Ainda bem. Desde que foste embora, já chegaram mais dois homens e uma mulher. Estão todos lá dentro e, à pouco, deviam estar a comer pois ouvi-os dizer que as sandes estavam quentes.
Segundos depois, Núria viu os carros da policia chegar e foi com o irmão falar com eles.
- Boa tarde.
- Boa tarde, rapaziada. Agora, deixem que nós vamos tratar do assunto.
- Está bem.
Então, os agentes da policia entraram no moinho e minutos depois, saíram com os ladrões já algemados.
- Obrigado pela ajuda, amigos. O moinho está cheio de mercadoria roubada.
- De nada.
- Os negócios destes pilantras já são antigos mas, agora acabaram.
A policia foi embora e felizes, os amigos foram até ao parque Estrelinha onde se sentaram, orgulhosos da ajuda que tinham dado na captura dos ladrões.
Numa pequena casa da rua Chaleira, morava Daniel com 10 anos e a irmã Núria com 9 que, adoravam brincar nos baloiços do parque Estrelinha. Enquanto se divertiam, Daniel olhou para o monte lá próximo e viu um carro branco a percorrê-lo. Achando aquilo estranho, olhou para a irmã.
- Está um carro no monte.
- Devem ser turistas que andam a passear.
Continuando com a diversão, os irmãos brincaram na areia, na beira do lago e a correr, percorreram várias vezes o parque. Já cansados, sentaram-se num banco do jardim e ficaram a observar tudo.
- Agora, podíamos ir ver se já acabaram de reconstruir a ponte Maciça.
Aceitando a sugestão, Núria sorriu.
- Sim. Estou curiosa com o que fizeram.
Animados, correram até à ponte e viram flores a crescer. Enquanto observavam tudo, um carro branco com reboque aproximou-se e apressado apitou. Com o movimento, o reboque fazia um barulho que parecia latas a bater entre si.
- Que barulho esquisito!
Minutos depois, os irmãos regressaram a casa e o dia terminou.
Dias depois, os irmãos foram passear com o seu cão Xili e, ao passarem perto do lago, viram pedaços de vidro no chão. Sem saberem como é que os vidros lá tinham ido parar, pararam a pensar.
- Que esquisito!
- Se calhar fizeram aqui algum piquenique e podem ter partido alguma coisa.
- Se calhar foi isso.
Pouco depois, Xili afastou-se um bocado e começou a ladrar ao pé de um amontoado de ramos. Aproximando-se, os irmãos remexeram-nos e encontraram uma pequena caixa de madeira. No momento em que Daniel lhe pegou, Xili recomeçou a ladrar e ouviram uma voz.
- Agora que já carregámos, podemos ir.
- Encontrámos o melhor sitio para ser o nosso armazém. Ninguém suspeita de um velho e abandonado moinho.
Escondidos, os irmãos ouviram os homens a afastarem-se e, alguns minutos depois, saíram do esconderijo e apressaram-se a regressar a casa.
Já sentados no sofá pensaram no que tinha acontecido.
- O que ouvimos foi muito estranho.
- Pois foi.
- Aqui perto só há o moinho abandonado e, só pode ser lá o armazém.
- Temos que lá ir e tentar descobrir alguma coisa.
Na manhã seguinte, os irmãos saíram de casa e a correr, aproximaram-se do moinho. Lá, ouviram uns barulhos estranhos e uma voz.
- Zeca, já arrumei o nosso último serviço.
- Num tarda, temos que arranjar outro armazém. Fred, vem ajudar a fechar a porta.
- Vou só ligar ao Chico para ele tentar já começar a procurar compradores.
Segundos depois, ouviram a mesma voz.
“O serviço está feito. Quando quiseres, podes começar a vender.”
Continuando a achar as conversas estranhas, Daniel aproximou-se da porta que, não tinha fechado completamente. Espreitou para o interior do moinho e viu lá muitos caixotes de diversos tamanhos.
A correr, Daniel aproximou-se da irmã.
- Vamos embora! Depressa!
A correr, afastaram-se e ao chegarem à Praça Funil, pararam.
- O que aconteceu!?
- O moinho está cheio de caixotes. Uns grandes e outros mais pequenos.
- Vamos falar com o Dunas. Como ele é pastor, pode saber o que se passa no moinho.
- Sim. Vamos.
A correr, foram até casa do amigo e, encontraram-no na varanda.
- Olá Dunas.
- Olá rapaziada. O que se passa!? Parece que estão assustados.
- Sabes porque é que o velho moinho está cheio de caixotes?
- Caixotes!?
- Sim. De vários tamanhos.
- Estranho! O velho moinho foi abandonado à tanto tempo que, lá dentro só deviam estar teias de aranha.
- E não é só isso.
- Pois. Vimos dois homens entrarem para lá e, ouvimos-los a falar de um serviço e da venda de algumas coisas.
- Isso é muito estranho.
- Então, não sabes o que se passa por lá?
- Não. Na última vez que lá fui, não vi nem ouvi nada.
- O que achas que podemos fazer?
- Eu e o Daniel vamos lá e tu, ficas por aqui à nossa espera. Se demorarmos muito, chama a policia e vão ter connosco.
- Não têm medo?
- Temos. Mas, vamos ser fortes.
- Então, está bem.
- Vamos lá, Daniel.
- É para já.
Então, os amigos afastaram-se e Núria ficou ansiosa.
Ao chegarem perto do moinho, Dunas e Daniel esconderam-se atrás de uns arbustos e ficaram à escuta.
Minutos depois, viram dois homens aproximar-se e, parar mesmo em frente à porta. Então, outros dois homens que estavam lá dentro, saíram.
- Então, já sabem. Vamos despachar o assunto senão o comprador desiste.
- Tem calma. Eu e o Neco levamos algumas caixas e vocês, outras.
- O armazém está aberto?
- Claro que não. A chave está debaixo da pedra amarela que está lá no chão.
- Ok. Vamos então despachar o assunto.
- Vamos lá.
Atentos, Dunas e Daniel não se mexiam e só sussurravam.
- Onde será o armazém?
- Aqui na zona, só há um sitio que pode servir de armazém.
- Diz!?
- O lagar abandonado.
- Tens razão.
- Mas, eu vou até lá enquanto, vais a casa ligar para a policia e depois vais com ele.
- Preferia ir contigo.
- Eu sei Mas, não podemos perder tempo.
- Ok.
Com cuidado, Daniel afastou-se silenciosamente.
Vendo que a carrinha ainda estava no mesmo local, Dunas afastou-se a correr em direção ao moinho. Enquanto isso, Daniel chegou a casa e, enquanto marcava o número da policia contou à irmã o que tinham descoberto.
- Boa tarde, senhor agente. Estão a usar o velho moinho como armazém para coisas roubadas. Podem ir até lá?
- Boa tarde. Tem a certeza?
- Claro que tenho.
- Não se preocupe que, vou já enviar uma equipa para lá.
- Não demorem.
- Obrigado.
Terminada a conversa, Daniel e Núria saíram de casa a correr e, dirigiram-se para o moinho.
Lá, viram a carrinha dos ladrões e, olharam para todos os sítios, à procura de Dunas. Segundos depois, ouviram um barulho parecido com o piar dos pássaros e, depois de procurarem a origem do barulho, viram Dunas atrás de umas ervas altas. Cuidadosamente, aproximaram-se dele.
- A policia deve estar quase a chegar.
- Ainda bem. Desde que foste embora, já chegaram mais dois homens e uma mulher. Estão todos lá dentro e, à pouco, deviam estar a comer pois ouvi-os dizer que as sandes estavam quentes.
Segundos depois, Núria viu os carros da policia chegar e foi com o irmão falar com eles.
- Boa tarde.
- Boa tarde, rapaziada. Agora, deixem que nós vamos tratar do assunto.
- Está bem.
Então, os agentes da policia entraram no moinho e minutos depois, saíram com os ladrões já algemados.
- Obrigado pela ajuda, amigos. O moinho está cheio de mercadoria roubada.
- De nada.
- Os negócios destes pilantras já são antigos mas, agora acabaram.
A policia foi embora e felizes, os amigos foram até ao parque Estrelinha onde se sentaram, orgulhosos da ajuda que tinham dado na captura dos ladrões.
Uma bonita história.
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