O Magusto da Aldeia
Sorridentes
e felizes, os habitantes da aldeia Reflexo andavam atarefados com os
preparativos do magusto que reunia todos os habitantes.
Felizes com toda aquela agitação,
os irmãos Inês e Sérgio de 7 e 9 anos tentavam ajudar e ao verem uma senhora a
distribuir pratos e copos pelas várias mesas, aproximaram- -se. Sorrindo,
Sérgio disse:
A senhora olhou para eles e
respondeu:
Curiosa, Inês perguntou:
- Que está a fazer?
A senhora respondeu:
- Estou a preparar as mesas para
logo à noite.
Sorrindo, Sérgio disse:
- Vai ser uma noite muito bonita.
Ainda me lembro o ano passado, quando soltaram os balões e todos queriam apanhá-los.
Inês disse:
- Eu ainda consegui apanhar um
quando ele rebentou vi que lá dentro tinha um desenho muito bonito.
Sérgio disse também:
- O meu, estava cheio de papéis
coloridos.
Enquanto isso, o magusto ficou
preparado e os visitantes começaram a aumentar, assim como a diversão.
Pouco depois, vários homens
acenderam as fogueiras e rapidamente se começaram a ouvir as castanhas estalar.
Felizes, Sérgio e Inês comeram
algumas castanhas e, quando olharam para a fogueira viram lá perto o senhor Bartolomeu,
o habitante mais antigo da aldeia. Curiosos, aproximaram-se e ouviram-no
perguntar a outras crianças:
- Querem ouvir a história de S.
Martinho?
Várias crianças, inclusive os
irmãos responderam:
- Sim!
Sorridente, Bartolomeu começou a
contar:
- À muitos, muitos anos num dia
frio e chuvoso de Novembro, o soldado Martinho ia no seu cavalo e de repente
começou uma terrível tempestade. A certa altura, apareceu à beira da estrada um
homem a pedir esmola e como não tinha esmola para lhe dar, Martinho cortou a
sua capa de soldado ao meio e deu uma parte ao pobre homem para que se
protegesse do frio. Nesse momento, a chuva parou e o Sol começou a brilhar,
alterando o tempo para quase verão. Por isso, todos os anos temos o verão de
S.Martinho que nos traz uns dias melhores. Em sua homenagem, festejamos o
magusto no dia 11 de novembro onde comemos as primeiras castanhas e os homens
bebem vinho novo.
Muito atentos, Inês e Sérgio não
conseguiam desviar o olhar de Bartolomeu que disse ainda:
- O magusto é uma das tradições do
nosso país e muitas pessoas festejam-na.
Curioso, Sérgio perguntou:
- Como é que a festejam?
Bartolomeu explicou:
- Em muitos outros sitios também
fazem fogueiras e perto do final os mais corajosos saltam-nas tentando
conseguir o maior salto.
Depois de ouvir a explicação, Inês
disse:
- Eu é que não saltava.
Gozando, Sérgio disse:
- Pois. Como és medricas, aposto
que começavas logo a chorar.
Fazendo uma careta para o irmão,
Inês disse:
- Os rapazes é que gostam de
saltar.
Depois de olharem um para o outro,
Sérgio disse:
- Este foi o melhor magusto de que
me lembro.
Sorrindo, Bartolomeu perguntou:
- Porque dizes isso?
Sérgio explicou:
- Foi o melhor porque depois de
comer umas castanhas tão boas, ainda aprendi a história de S. Martinho.
Depois de algumas brincadeiras e de
várias gargalhadas, Sérgio e Inês sentiam-se felizes pelo que tinham vivido e
por tudo o que acabavam de aprender.
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