A Rena Poli
Pronta para mais um dia,
a aldeia dos brinquedos despertava lentamente.
Na rua Bengala, vários duendes entravam ordenadamente na
fábrica dos brinquedos e começavam a trabalhar.
Divididos por várias bancadas, cada um fazia as suas tarefas
e desse modo criavam novos brinquedos.
Durante a criação de uma boneca, o duende Moncas perguntou
ao colega:
-
Zimi, viste os cabelos que eram para esta boneca? À pouco estavam aqui e agora
não os encontro.
Zimi respondeu:
- Acho que o Rengas precisou deles para fazer uns iguais.
Moncas disse:
- Então, daqui a pouco já os tenho.
Ao acabar de falar, Moncas ouviu um barulho e rapidamente
olhou para Songas que dizia:
- Estou farto disto. Logo agora que estava a acabar a prenda
para a pequena Margarida, a rena Poli teve que vir aqui e estragar tudo.
Rapidamente, o colega Bergas perguntou:
- Mas, o que aconteceu?
Songas respondeu:
- A Poli partiu as peças que estava a utilizar e eram as
únicas que tinha.
Bergas perguntou ainda:
- Mas porque é que fez isso?
Songas respondeu:
- Não faço ideia. Só sei é que agora não posso realizar o
desejo da menina.
Pouco depois, apareceu Dingas que disse:
- A Poli está insuportável. Acabou de me estragar o carro
que estava a fazer.
Com toda aquela agitação, o pai natal apareceu e perguntou:
- Que se passa aqui?
Moncas respondeu:
- A Poli anda aqui de um lado para o outro e já estragou
algumas coisas que precisamos para fazer os presentes.
Paciente, o pai natal perguntou:
- Mas, sabem porque está assim?
Songas respondeu:
- Ninguém sabe. Ontem ajudou-me a embrulhar umas prendas mas
hoje, quando se levantou começou logo a fazer asneiras.
Querendo saber mais, o pai natal perguntou:
- O que aconteceu?
Bergas explicou:
- Quando estávamos a tomar o pequeno-almoço, ela foi lá e
estragou tudo. Entornou o leite em cima das panquecas e deixou cair para o chão
o bolo que fizemos ontem.
Então, o pai natal disse:
- Vou falar com ela e tentar saber o que aconteceu?
Saindo da fábrica, o pai natal chamou Poli e perguntou-lhe:
- Que se passa para andares a impedir que os teus colegas
duendes façam as prendas?
Com algumas lágrimas nos olhos, Poli respondeu:
- Todos recebem prendas e andam coloridos, menos eu que
estou sempre na mesma.
Percebendo a sua tristeza, o pai natal disse:
- Vem comigo.
Depois de andarem alguns metros, chegaram á cabana dos
enfeites e o pai natal foi buscar duas caixas.
Abrindo-as, tirou de lá bolinhas, azevinho e coloridas fitas
que colocou em Poli. Agora, já colorida e brilhante, Poli estava muito feliz
quando o pai natal lhe perguntou:
- Gostas dos teus enfeites?
Com um enorme sorriso, Poli respondeu:
- Adoro.
Agora sorridente, Poli sentia-se a mais bonita de todas.
Pouco depois, Poli aproximou-se dos amigos e com muito cuidado,
começou a ajudá-los no fabrico dos brinquedos.
Assim, com o trabalho e a ajuda de todos, foi possível
realizar os desejos das crianças e espalhar a magia do natal.
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