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Mostrando postagens de 2023

O Velho Moinho

 Perdida entre montes e vales, a aldeia Caneco distinguia-se de todas as outras pelos seus lindos e coloridos jardins. Numa pequena casa da rua Chaleira, morava Daniel com 10 anos e a irmã Núria com 9 que, adoravam brincar nos baloiços do parque Estrelinha. Enquanto se divertiam, Daniel olhou para o monte lá próximo e viu um carro branco a percorrê-lo. Achando aquilo estranho, olhou para a irmã. - Está um carro no monte. - Devem ser turistas que andam a passear. Continuando com a diversão, os irmãos brincaram na areia, na beira do lago e a correr, percorreram várias vezes o parque. Já cansados, sentaram-se num banco do jardim e ficaram a observar tudo. - Agora, podíamos ir ver se já acabaram de reconstruir a ponte Maciça. Aceitando a sugestão, Núria sorriu. - Sim. Estou curiosa com o que fizeram. Animados, correram até à ponte e viram flores a crescer. Enquanto observavam tudo, um carro branco com reboque aproximou-se e apressado apitou. Com o movimento, o reboque fazia um barulho ...

O veado Sol

        O dia estava a começar e o sol tentava furar as nuvens que, teimosas não queriam desaparecer. Na rua Canelada, morava Gonçalo de 12 anos que, adorava mexer nos seus caracóis louros.   Naquela manhã, depois de tomar o pequeno-almoço, Gonçalo saiu para a rua. Lá, viu o carteiro Benjamim que sorridente, distribuía a correspondência. - Bom dia, Gonçalo. - Bom dia, senhor Benjamim. - Hoje não vais à escola? - Não. Os professores têm reunião e não dão aulas. - Isso é que é sorte. Também gostava que as cartas me dessem uma folga de vez em quando. - Havia de ser engraçado. - Mais que engraçado. Era espetacular. Mas, elas não fazem isso e, lá tenho eu que as ir entregar. - Então continue. Não quero que elas se chateiem. - E eu também não quero isso. Então, vá. Adeus. Continuando a andar, Gonçalo passou em frente do café Chilique e, viu que os seus amigos Rodrigo e Liliana lá estavam. Esperou por eles e, minutos depois, os amigos saíra...

A festa dos animais

        Numa manhã cinzenta, toda a floresta Verdasca estava triste e os animais não saíam das suas tocas e abrigos.  Na grande caverna do urso Tóbi, ele e os esquilos Kiko e Kóki conversavam. - Hoje não podemos apanhar avelãs. - Nem andar a passear pelas árvores. - Está um dia triste e só apetece ficar quieto em casa. - Tu tens sorte pois a tua casa é grande. A nossa é muito pequena e não podemos fazer nada. - O que querem fazer? Depois de pensarem um bocado, Kóki sorriu. - O que acham de fazermos uma festa? - Sim!!! - E podemos chamar os outros animais para participarem. - Exato. - Vou dizer ao papagaio Chóli para espalhar a noticia da festa. Enquanto isso, Kiko e Tóbi começaram a preparar a festa. Enfeitaram-na com flores e plantas, apanharam alguns frutos e esperaram que os amigos e os outros animais chegassem à caverna. Algum tempo depois, Kóki regressou na companhia do castor Zuca, do veado Fira e da raposa Tafa.  - Vamos...

A princesa Carlota

        No alto do monte Fugido, o castelo Florido, com as suas altas torres parecia tocar o céu. Lá, morava o rei Zerpelino, a rainha Georgina e a princesa Carlota que, adorava sentar-se na beira do lago Azul e ver os peixinhos que pareciam dançar. Numa tarde de outono, enquanto brincava com o seu gato Pipas, Carlota olhou para os seus pés e viu que os dedos tinham formas esquisitas e estavam cheios de borbulhas. - Os meus pés são horríveis. Parecem dois lagartos velhos, cheios de escamas e marcas – disse ela. Ao acabar de dizer isto, Carlota olhou novamente para os pés. - Parecem os dedos das bruxas. Abraçada a Pipas, Carlota pensava numa solução para o seu problema e viu um fumo esquisito no meio da floresta. Subindo até à torre de vigia, viu a casa de onde o fumo saia e, estranhando nunca a ter visto, foi ter com a mãe. - Mãe!? Quem mora na casa da floresta? - perguntou ela. - Nessa casa. Mora a bruxa Gabriela e o seu ajudante Supimpas – respond...

Um Cão Especial

Rodeada por longos campos de papoilas, a aldeia Pingada era a mais bonita dos arredores. Felizes, os seus habitantes adoravam cuidar dos seus jardins e mostrá-los com orgulho a todos os visitantes. Perto do repuxo da praça Plim Plim, o quiosque Pinguinhas mostrava os jornais que revelavam as noticias mais recentes e o vendedor Ambrósio, sorria e saudava quem passava perto.  - Bom dia, dona Filó. Bom dia, Ambrósio. Temos noticias frescas? - Frescas não, fresquíssimas! - Tem que ser. - Exatamente. - Tenho que ir. Adeus. - Adeus. Segundos depois, um cão aproximou-se e parou a olhar para Ambrósio. - Também queres ler um jornal? Tenho o Futebolas ou, preferes outro? “Au!! Au!!” - Estou a ver que não é o te...

O Cavalinho Mágico

    A manhã começou com o sol a tentar furar as nuvens e, toda a aldeia Pirraça despertava. Numa pequena casa da rua Rodinhas, Daniel de 9 anos acordou e, preparou-se para ir para a escola.  No percurso, encontrou o amigo João e foram juntos o resto do caminho. Durante as aulas, Daniel esteve o mais atento que conseguiu. Ao regressar a casa, a mãe Leticia e o pai Gustavo aproximaram-se com um saco azul decorado com um grande laço vermelho. - O que é isso? - perguntou o Daniel. - É uma prenda que a tia Clarabela enviou para ti – respondeu a mãe. Feliz, Daniel abriu-a rapidamente e viu um bonito cavalo de baloiço branco com, algumas estrelas douradas. Maravilhado, Daniel sentou-se e começou a baloiçar. Segundos depois, apareceu uma nuvem muito brilhante e bonita. Instantaneamente, Daniel esfregou os olhos e quando os voltou a abrir, viu o cavalinho a sorrir. - Olá Daniel – disse o cavalinho. - Olá – respondeu o Daniel. - Queres ir comigo ao Mundo Encan...