A manhã começava e cheios de energia, os
irmãos David e Cláudia de 11 e 9 anos preparavam-se para mais um dia.
Enquanto
viam televisão, a mãe Lúcia aproximou-se.
-
Filhos. Tenho aqui um envelope muito colorido para vocês – disse ela.
Pegando no envelope, Cláudia abriu-o e
leu:
"O Clube Recreativo convida todas as crianças a participarem na noite de Halloween do próximo sábado. É proibido não vir mascarado e não trazer boa disposição. Assinado: Clube Recreativo"Sorridentes, os irmãos começaram logo a pensar no que iriam usar como disfarce.
-
Já sei do que me vou mascarar – disse Cláudia.
-
Eu também. Vou ser um drácula assustador – disse David.
-
Eu vou ser uma bruxa muito, muito feia – disse Cláudia.
Entretanto,
o pai Tadeu aproximou-se.
-
Bom dia. Está tudo bem? – perguntou ele.
-
Sim – respondeu David.
-
Pai! Olha o convite que nos enviaram – disse Cláudia, mostrando-o ao pai.
Depois
de o ler, Tadeu olhou sorridente para os filhos.
-
Quando era pequeno, não existia halloween. Mas, sempre que podíamos, fingia-mos
ser outras pessoas – disse o pai.
-
Eu vou ser uma bruxa – disse Cláudia.
-
E eu, um drácula – disse David.
-
Vou procurar as roupas para o disfarce – disse Cláudia, afastando-se.
-
E eu também – disse David.
Minutos
depois, voltaram a reunir-se.
-
Já tenho quase tudo – disse Cláudia.
-
Eu também. Só falta a capa – disse David.
-
A mim, falta o chapéu pontiagudo – disse Cláudia.
Segundos
depois, a mãe aproximou-se.
-
O que estão a fazer? – perguntou ela.
-
Estamos a preparar os nossos disfarces para a noite das bruxas – respondeu
David.
-
E já têm o que precisam? – perguntou Lúcia.
-
Só nos falta a capa de drácula e o chapéu de bruxa – respondeu Cláudia.
- Isso é muito fácil de arranjar – disse
Lúcia.
- Como? – perguntou David.
- Para a capa, podem cortar um saco preto e,
com uma cartolina preta podem fazer o chapéu – respondeu a mãe.
- Podemos ir comprar a cartolina? – perguntou
Cláudia.
- Claro que sim – respondeu Lúcia,
entregando-lhes duas moedas.
Felizes, os irmãos saíram de casa e a correr,
foram à papelaria da esquina comprar a cartolina.
De regresso a casa, cada um começou a
trabalhar no seu disfarce.
Cuidadosamente, David cortava o saco em forma triangular
e Cláudia dava forma ao seu chapéu. Depois de decorarem os seus disfarces com
imagens assustadoras de aranhas maquiavélicas, os irmãos vestiram os disfarces
e aproximaram-se dos pais.
- Uiii!!! Que susto! – exclamou a mãe.
- Que medo! Parecem mesmo verdadeiros –
exclamou o pai.
- Para eu ser uma bruxa perfeita, só me falta
a vassoura – disse Cláudia.
- E a mim, o dente pontiagudo – disse David.
- A vassoura é fácil de arranjar e o dente
também – disse a mãe.
- Eu vou buscar a vassoura velha que está no
alpendre – disse Cláudia, afastando-se.
- E como arranjo o dente? – perguntou David.
- Não precisas arranjar nada. Com a ajuda da
maquilhagem, eu preparo-te – respondeu a mãe, começando a preparar David.
Seguiu-se Cláudia que, com tons escuros nos olhos,
estava assustadora.
Depois da transformação estar terminada, os
irmãos estavam felicíssimos com o resultado.
Já na companhia dos amigos, começaram a
percorrer as ruas e ao pararem em frente às casas, cantavam:
“Bolinhos e bolinhos
Para ti e para nós
Para dar aos finados
Que estão mortos e enterrados”
Desta maneira, quando os donos das casas lhes
ofereciam doces, agradeciam cantando:
“Esta casa cheira a broa
Aqui mora gente boa”
Quando pelo contrário, não lhes ofereciam
nada, cantavam:
“Esta
casa cheira a alho
Aqui
mora um espantalho”
Depois de percorrerem as ruas da aldeia, regressaram a casa e viram
tudo o que tinham conseguido. Entre bolos, bolachas, guloseimas e outras
coisas, os irmãos sentiam-se muito felizes e nunca esqueceram aquele Halloween,
fantástico e único.
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