O Piquenique No Bosque
A manhã começava com
os raios de sol a furar as nuvens e lentamente, a aldeia Balelas começava a
ganhar agitação.
Numa casa da rua Corridinhas, Pedro de
8 anos e a irmã Cátia de 7, prepararam-se e foram para a escola. Durante as
aulas, sempre com muita atenção, faziam os possíveis para aprender o que a
professora ensinava.
Terminadas as aulas, ao atravessarem os
portões da escola, pararam a observar o bosque que lá existia.
- Qualquer dia, temos que ir ver se os
esquilos ainda estão no grande pinheiro – disse Pedro.
-
Boa ideia. E também podíamos dizer a alguns dos nossos amigos para irem
connosco – disse Cátia sorridente.
Ao chegarem a casa, aproximaram-se da
mãe Filomena e do pai Xavier que, arrumavam a garagem. Ao verem os filhos tão
felizes, sorriram-lhes também.
- Olá meninos – disse Xavier.
- A avó Joaquina telefonou a pedir para
vocês irem a casa dela – disse Filomena.
Rapidamente, largaram as mochilas e
saíram para a rua, felizes.
A correr, chegaram a
casa da avó e viram em cima da mesa da cozinha, um bolo de chocolate decorado
com pintarolas coloridas.
- Olá avó – disse Cátia.
- Olá meninos – disse a avó.
- A nossa mãe disse que ligaste a pedir
para aqui virmos – disse Pedro.
- Sim. Pedi para aqui virem, pois fiz
este bolo e vocês têm que o provar em primeiro – disse a avó.
- É muito bonito – disse Cátia.
- Faltam-lhe alguns frutos mas, como
não os pude ir buscar usei pintarolas – disse a avó.
- Queres que os vamos apanhar? –
perguntou Pedro.
- Se pudessem, faziam-me um grande
favor. Assim, podia congelar alguns para usar na próxima vez – respondeu a avó.
- Vamos já – disse Pedro.
Depois de cada um pegar num cestinho,
saíram para a rua, felizes.
Ao chegarem ao pinhal, começaram a
apanhar pinhões e depois de andarem mais um bocado, ouviram uns estalidos.
Curiosos, começaram a procurar a origem
daqueles ruídos.
Pouco depois, viram atrás de umas ervas
altas, alguns animais que em conjunto, limpavam o espaço de pedras e ervas
incómodas. Em silêncio, aproximaram-se um pouco mais e ficaram a observá-los.
Alguns segundos depois, um esquilo
aproximou-se e, ao tropeçar numas pedras, caiu, espalhando as nozes que levava
consigo. Juntando-as uma a uma, foi então para junto dos outros animais.
Entretanto, a abelha rainha pousou lá
e, começou a bater as suas asas.
- Porque estás tão agitada? – perguntou
o esquilo.
- Vocês não viram mas, estão ali, duas
crianças a observar-vos – respondeu a abelha.
Instantaneamente, os animais olharam
para os irmãos e sorriram-lhes.
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- Olá – responderam os irmãos.
- Querem participar no nosso
piquenique? – perguntou um castor.
- Gostávamos mas, o piquenique é vosso
– respondeu o Pedro.
- Não é nosso. É de todos – disse a
abelha.
- Então, está bem. Mas, temos que ir
levar estes cestos à nossa avó – disse a Cátia.
- Vão lá e depois voltem – disse o
castor.
Sorridentes, Cátia e Pedro foram a
correr deixar os cestos com a avó e, voltaram para junto dos animais.
Depois de se sentarem na erva, os
irmãos olharam para o coelho e viram-no muito impaciente a olhar para todos os
lados.
- O que se passa? Estás à procura de
alguma coisa? – perguntou o castor.
- O Jika está a demorar muito –
respondeu o coelho.
- Quem é o Jika? – perguntou a Cátia.
- É o meu irmão. Ele ficou lá atrás a
apanhar amoras e, está a demorar muito – respondeu o coelho.
- Vou ver se o encontro – disse o
Pedro.
Minutos depois, ao passar ao lado de
umas ervas altas, ouviu uns estalidos e curioso, afastou-as para espreitar.
Então, viu o Jika caído no chão a tentar desembaraçar-se de umas ervas.
- Precisas de ajuda? – perguntou Pedro.
- Preciso. Não me consigo libertar
destas ervas. Parece que não querem que leve as amoras – respondeu o Jika.
- Eu ajudo-te – disse o Pedro.
Com calma, Pedro começou a afastar as
ervas e aos poucos, libertou Jika que, sorridente apanhou as amoras.
Já na companhia dos outros animais, a
festa continuou e todos se divertiram muito.
A partir desse dia, sempre que tinham
possibilidade, os irmãos iam até ao bosque e divertiam-se com os animais.
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