quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

A Vela Cinzenta


 

 

            Numa escura prateleira da sala de uma casa, estava uma vela cinzenta, com um olhar muito triste. Sentindo-se só e abandonada, a vela via outras de cores brilhantes e alegres.

            Com a aproximação do natal, os habitantes da casa estavam a preparar a decoração e por isso, havia enfeites por todo o lado e só a vela cinzenta tinha ficado esquecida.

Na véspera de natal, quando as pessoas começaram a chegar e diziam que a decoração estava muito bonita, a vela cinzenta começou a chorar, largando algumas gotas de cera.

            Nesse momento, a filha de um dos convidados, enquanto passava perto da estante, viu a vela triste e solitária. Aproximou-se e, depois de a olhar durante alguns minutos, sentiu que a vela estava triste e, pegando num pequeno enfeite, decorou-a.

            Sentindo-se agora bonita, a vela ficou feliz e viveu um natal inesquecível.

 

·         Com a beleza de uma vela, vamos abrir os corações e iluminar os sentimentos acordados pelo natal.

·         Enfeitada e decorada com as cores do natal, vamos deixar que estas velas nos conduzam a um feliz natal.

·         Iluminando a magia do natal, deixemos que as velas iluminem os nossos corações.

 

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Festa de Natal
          Na aldeia Soprada, todos os habitantes andavam atarefados com os preparativos para o natal. Enquanto alguns preparavam a iluminação das ruas, outros enfeitavam a grande árvore do jardim Central.
Felizes com a época natalícia, os amigos Matilde, Diogo, Tânia e Rafael divertiam-se a ver filmes de natal.
Numa tarde em que se reuniram na casa de Matilde, Diogo disse:
- Amigos, de manhã enquanto tomava o pequeno-almoço lembrei-me de que podíamos fazer no centro recreativo uma festa de natal.
Curiosa, Tânia perguntou:
- Em que estás a pensar?
Rapidamente, Diogo respondeu:
- Pensei que juntamente com outras crianças podíamos fazer um pequeno teatro, cantar algumas canções de natal e no final fazermos uma troca de prendas.
Gostando da ideia, Matilde disse:
- É uma ideia diferente e acho que vai ser muito divertido.
Percebendo que os amigos gostavam da ideia, Diogo disse:
- Então agora temos que começar a preparar as coisas. Primeiro, vamos distribuir as tarefas e depois, começamos os preparativos.
Pegando num papel, Tânia começou a escrever:
“Canções     Matilde; Enfeites     Rafael; Teatro      Tânia; Cartazes      Diogo”
Terminada a lista de tarefas, Rafael disse:
- Antes de começarmos a preparar as coisas, temos que ter autorização para utilizar o centro. Precisamos ir falar com o senhor Bartolomeu.
No caminho, os amigos riam e com corridas chegaram ao Centro Recreativo. Já na sala do senhor Bartolomeu, Tânia disse:
- Como estamos perto do natal, pensámos em fazer uma festa.
Curioso, Bartolomeu perguntou:
- Uma festa, como!?
Rapidamente, Matilde respondeu:
- Uma festa com um pequeno teatro, umas canções e com uma troca de prendas.
Sorrindo, Bartolomeu disse:
- Acho uma ideia gira.
Aproximando-se, Diogo disse: 
- O nosso problema é o local. Pensámos aqui no centro e por isso viémos pedir-lhe autorização para fazermos cá os ensaios e depois a festa.
Olhando para os amigos, Bartolomeu disse:
- Claro que vos dou autorização. Podem também ir à arrumação e utilizarem os rolos de papel para prepararem os cenários.
Depois de terem a chave do centro, os amigos foram até lá para começarem a preparar e organizar as coisas. Enquanto tentavam decidir qual a peça de teatro que iriam representar, Tânia disse:
- Como é uma festa de Natal, podemos fazer a história do nascimento de Jesus.
Adorando a ideia, os amigos aceitaram começando logo a pensar no que era preciso fazer.
Sentados perto de uma mesa, Diogo fez os cartazes e Matilde começou a escolher as canções. Ao fim da tarde, regressaram para as suas casas, esperando pelo dia seguinte.
Na manhã seguinte já reunidos no Centro, continuaram os preparativos para a festa.
Enquanto a Matilde e o Rafael montavam os cenários, Tânia e Diogo percorriam as ruas da aldeia, convidando as crianças a participarem na festa.
No dia marcado para o primeiro ensaio, todas as crianças esperavam ansiosas a chegada dos amigos. Ao chegarem e vendo tantas crianças, os amigos ficaram surpresos e ansiosos para começar tudo.
Com todas as crianças sentadas no palco, Tânia disse:
- Para o teatro, escolhemos uma pequena história do nascimento de Jesus. Precisamos de um São José, de uma Maria e de um Menino Jesus.
Depois de escolhidas as crianças, Diogo disse:
- Os restantes vão ser os anjos que irão cantar várias canções.
Seguindo-se um ensaio rápido, os amigos e as crianças divertiram-se muito.
Nos fins-de-semana seguintes, os ensaios repetiram-se e após alguns, tudo ficou pronto.
Na tarde do dia 25, a festa iniciou com a canção “Pinheirinho, Pinheirinho” e durante o teatro cantaram “Bate o Sino”, “Noite Feliz” e “Olhei para o céu”.
Terminado o teatro, era o momento da troca de prendas. Enquanto o senhor Bartolomeu as distribuía, um menino com roupas rasgadas e sujas entrou no Centro Recreativo.
Todas as pessoas o olharam e ignoraram, o que o fez ir para um canto escuro.
Os amigos, sentindo compaixão por ele, chamaram-no ao palco e lá, entregaram-lhe também uma prenda.
No final, terminaram a cantar “A Todos Um Bom Natal”.

sábado, 10 de novembro de 2012


O Cogumelo Gigante

         Com o nascer de novas flores a primavera começava a despertar e, todos os habitantes da aldeia Bitoque estavam felizes e animados.

            Numa manhã em que o sol brilhava, Diogo de sete anos jogava à bola com o seu amigo Tiago e, entre gargalhadas e outras brincadeiras a animação era grande. Enquanto praticavam os passes de bola, um pontapé mais forte atirou a bola para uma terra próxima, cheia de ervas altas.

            Correndo para a apanhar, Diogo entrou nas ervas vendo rapidamente a bola. Preparado para a apanhar, deu uns passos e quando lhe pegou, viu mais à frente um grande e colorido cogumelo. Ao regressar para junto de Tiago, continuaram a brincar e a divertir-se.

            No dia seguinte, Diogo decidiu ir ver melhor o cogumelo e, tentar perceber porque nascera ali e era tão grande. Aproximando-se, viu as suas diversas cores assim como os seus inúmeros círculos. Deslumbrado com tantas cores, Diogo ouviu uma voz que lhe disse:

            - Olá!

            Olhando para todos os lados e não vendo ninguém, Diogo perguntou:

            - Quem fala?

            Alguns segundos depois, a mesma voz disse:

            - Sou eu, o cogumelo.

            Ao olhar para o cogumelo, Diogo viu dois olhos e uma boca sorridente que o observavam fixamente. Sem saber o que dizer, Diogo ficou calado à espera do que poderia acontecer a seguir. Segundos depois, o cogumelo disse:

            - Não te assustes. Sei que é estranho falar com um cogumelo mas, se quiseres ouvir a minha história vais perceber tudo.

            Preparado para ouvir a história, Diogo sentou-se numa pedra e disse:

            - Gostava muito de te ouvir.

            Começando a falar, o cogumelo contou:

            - Nasci de uma semente de pinheiro mas, quando estava a começar a furar a terra uns trovões atingiram a minha raiz e, ao contrário dos pinheiros comecei a crescer depressa mas com a forma de um cogumelo.

            Espantado, Diogo perguntou:

            - Mas, como foi isso!?

            Sorrindo o cogumelo respondeu:

            - Quando esta árvore aqui ao lado me disse que tinha sido ela a largar a minha semente, eu perguntei-lhe logo porque era diferente e foi então que ela me contou tudo. Contou-me também que a única maneira de deixar de ser um cogumelo e ser uma árvore, está na gruta do lago. Como não posso sair daqui para lá ir, serei sempre um cogumelo gigante.

            Percebendo a tristeza do amigo, Diogo disse:

            - Eu vou-te ajudar. Posso ir à gruta e vou encontrar a solução.

            Agradecendo, o cogumelo disse:

            - Não imaginas como te agradeço a ajuda. Mas, parece que existem muitos perigos na gruta. Vários animais já lá foram mas, nunca conseguiram trazer a poção pois, dizem que está protegida por uma luz mágica.

            Começando a andar em direção à gruta, Diogo viu diversos cogumelos mais pequenos que marcavam o caminho. Alguns metros à frente ao chegar à gruta, Diogo entrou e começou a percorrê-la. Lá dentro, Diogo viu uma luz muito brilhante que iluminava a poção e, ao olhar para a parede, viu lá desenhada uma imagem esquisita que rapidamente lhe despertou a atenção.         Curioso, Diogo tocou-lhe e nesse momento e nesse momento, a luz começou a perder a nitidez, desaparecendo completamente.

            Sem dificuldades, Diogo tirou o frasco da poção e, saíndo a correr foi ter com o amigo cogumelo. Este, ao ver o frasco, disse:

            - Obrigado amigo. Agora é preciso que me regues com a poção e que ela chegue à minha raiz. Só assim, é que tudo fica bem.

            Decidido a ajudar o amigo, Diogo regou-o e nesse momento o chão começou a tremer, abrindo um buraco debaixo do cogumelo que o engoliu e provocou uma enorme nuvem de poeira. Sem conseguir ver nada, Diogo fechou os olhos durante alguns segundos.

            Ao abri-los, viu então uma bonita e grande árvore assim como, um belíssimo arco-íris. Vendo alguns pássaros pousados, a cantar nos ramos da amiga árvore, Diogo ouviu:

            - Graças a ti, agora sou uma árvore. Nunca te conseguirei agradecer o que fizeste mas, serei sempre uma amiga com quem podes falar.

            Sorrindo, Diogo disse:

            - Obrigado. Amanhã vou trazer cá o meu amigo Tiago e vamos divertir-nos.

            Despedindo-se, Diogo regressou a casa não contando a ninguém o que tinha vivido naquele dia.

            No dia seguinte após se encontrar com Tiago, Diogo levou-o até à árvore onde contou tudo o que tinha acontecido. Adorando a ideia de ter uma amiga árvore, Tiago e Diogo ocupavam o tempo livre com brincadeiras, conversas e risadas com a amiga que tornou aquele espaço um belo jardim.


 

terça-feira, 31 de julho de 2012

A Noz Mágica



        Com sete anos, Erica adora brincar com os amigos e as suas tardes livres eram ocupadas com brincadeiras e divertimentos.
Numa tarde em que ajudava a mãe em algumas tarefas domésticas, Erica dirigiu-se para a cozinha, preparada para arrumar a bancada. Organizando frascos, talheres e outras coisas, Erica encontrou uma noz que instantaneamente lhe despertou atenção. Pegando-lhe e guardando-a no bolso, Erica continuou as tarefas que estava a realizar.
Ao anoitecer, preparando-se para ir para a cama, colocou a noz em cima da mesa de cabeceira e deitou-se. Pouco depois, uma luz muito brilhante iluminou todo o quarto e uma voz disse:
- Sou a fada Ariana e agora que me libertaste, vou levar-te a um sitio encantado e mágico.
Agitando uma varinha de condão, Erica foi transportada para um lindo jardim, cheio de flores e de diversos animais.
Vendo um bonito malmequer, Erica ouviu:
- Riscas! Vamos ouvir a história que o Cucas vai contar.
Olhando para trás, Erica viu um simpático coelhinho branco com riscas douradas. Não vendo ninguém que pudesse ter falado, Erica olhou para o coelhinho que lhe disse:
- Olá! Vem connosco ouvir uma história.
Aceitando o convite, Erica acompanhou-o até uma gigantesca árvore, onde outros animais se preparavam para escutar a história. Sentando-se numa pedra, Erica ficou à espera do que se iria passar a seguir.
Segundos depois, foi a vez de chegar um grande e sorridente urso que, apontando para uma árvore, disse:
- Hoje vou contar-vos uma história. Quando nasci, todos os dias vinha brincar com esta árvore e com os outros animais. Ficámos amigos e, um dia ela contou-me a história de todo este jardim.
Atenta, Erica permaneceu calada e sentindo uma grande curiosidade, ouviu:
- No início, existia aqui um grande e profundo lago que, quando os animais bebiam da sua água, acabavam por perder a sua voz. Numa manhã em que o Sol tentava furar as nuvens, apareceu aqui uma linda borboleta de diversas cores que, vendo que os animais não conseguiam fazer os seus sons, decidiu procurar uma solução. Tentando resolver aquele problema, foi falar com a Rainha das Fadas que lhe deu uma poção mágica para pôr na água. Ao fazer isso, o lago estremeceu e para além da sua água ter ficado muito mais clara, toda a sua profundidade desapareceu. A partir daí, muitas plantas cresceram e assim originaram este jardim.
Acompanhando o coelhinho, Erica viu outros animais e sorrindo disse:
- Este jardim é muito bonito.
Ao chegar a um espaço verde decorado com papoilas, Erica viu alguns animais reunidos. Aproximando-se, o seu amigo coelho disse:
- Estamos aqui para conheceres alguns dos animais que aqui moram.
Começando a apresentação, o coelho disse:
- Eu sou o Pompom. Ali estão o gato Riscas e o Max, o nosso cão de guarda. Ao meu lado está o Bolas, o amigo veado e o Pepe, o canguru saltitante. Ao lado das papoilas, está o Nali, o nosso amigo koala. Sempre voando de flor em flor, temos a borboleta Fifi sem esquecer o nosso amigo urso, o Pingas.
Apresentando-se, Erica disse:
- Eu sou a Erica.
Pousando nos seus cabelos, Fifi disse:
- Vem comigo que vou-te mostrar o jardim.
Caminhando entre lindos e radiantes girassóis, Erica observou as mais belas flores e os mais bonitos arbustos. Visitando longos jardins floridos e observando belos lagos, Erica e Fifi regressaram para junto de Cucas, encontrando Pompom e Nali. Deslumbrada com toda aquela beleza, Erica escutava os pássaros cantar e observava as borboletas voar.
Ao chegar perto de uma grande e florida amendoeira, Erica e Fifi viram Nali muito atarefado a semear flores e a regar os jardins. Num momento em que Nali caminhava em direção a um pequeno lago, Pepe aproximou-se e disse:
- Amigo! Nos jardins do lado Sudoeste as flores estão tristes e a chorar.
Ouvindo aquilo, Nali olhou Erica e disse-lhe:
- Se quiseres podes vir fazer-me companhia.
Aceitando a ideia, Erica acompanhou-o e atravessando a zona dos plátanos, seguiram-se inúmeros jardins onde as flores lá existentes estavam murchas e tristonhas. Aproximando-se, Nali perguntou:
- Porque estão tristes?
Com uma voz fininha, um malmequer sussurrou:
- Já à muito tempo que não recebemos água e, por isso estamos quase a secar.
Compreendendo o que as flores estavam a sentir, Erica disse:
- Não podemos deixar que as flores sequem e morram. Temos que as ajudar.
Olhando-a, Nali disse:
- Gostava de ajudar mas, não sei como.
Pensando um pouco, Erica olhou para os jardins e perguntou:
- Onde podemos encontrar água?
Começando a andar, Nali disse:
- Vem comigo que eu vou-te levar até ao Lago Cintilante.
Aproximando-se Pompom decidiu fazer-lhes companhia e assim, começaram a andar. Depois de atravessarem longos campos de flores e de arbustos, Erica olhou para o céu e viu inúmeros pássaros a voar.
Ao fim de mais alguns metros, escondido atrás do junco estava o Lago Cintilante.
Começando a falar, Erica perguntou:
- Lago Cintilante!? Porque estás a deixar as flores secar?
Olhando-a, Cintilante respondeu:
- Todos me usam e não me dão o valor que mereço. Por isso, decidi castigá-los.
Escutando atentamente, Erica disse:
- Percebo o que estás a sentir e por isso, vou ajudar para que tudo volte ao normal.
Regressando para ao pé de Cucas, Erica contou-lhe tudo. Ele, depois de pensar um bocado, Cucas disse:
- Sabes que não posso sair daqui para te ajudar. Tudo o que posso fazer é falar com os amigos pássaros e pedir-lhes ajuda.
Aceitando a ajuda, Erica foi ter com os amigos veados e aproximando-se de Bolas contou-lhe como tinha sido a conversa com Cintilante. Querendo ajudar, Bolas disse:
- Vou falar com todos os meus amigos e vamos ajudar.
Desejosa de ajudar, Erica disse:
- Temos que ser rápidos.
Concordando, Bolas perguntou:
- Como vamos fazer para falar com os outros animais?
Depois de pensar um bocado, Erica disse:
- A melhor solução é fazermos uma reunião com todos os animais e assim contamos-lhes tudo.
Com grande vontade de ajudar, Cucas disse:
- Podemos pedir ao senhor Vento para dizer a todos os animais que vamos fazer esta reunião. Ele que é rápido consegue fazer isso melhor.
Concordando, Erica disse:
- Temos que falar com ele o mais rápido possível.
Enquanto pensavam, Fifi aproximou-se e perguntou:
- Que se passa!? Porque estão tão preocupados?
Contando-lhe tudo o que estava a acontecer, Erica olhou Fifi que agora mostrava umas cores escuras e apagadas. Prontificando-se para ajudar, Fifi disse:
- Vou já falar com o senhor Vento.
Desaparecendo no céu, Fifi voou até ele e depois de contar tudo o que estava a acontecer, regressou para junto dos amigos.
Pouco depois, após algumas rajadas de vento os animais começaram a chegar ao pé de Cucas. Depois de falarem acerca de Cintilante e te tentarem encontrar uma solução para o seu problema, Erica perguntou:
- O que acham de fazermos uma festa e então, mostramos-lhe que vamos começar a respeitá-lo e a ajudá-lo?
Ao ouvirem a ideia, os amigos disseram:
- Vamos!
Iniciando os preparativos Pingas, Nali e Pepe começaram a recolher flores e ervas bem cheirosas. Bolas, Riscas e Pompom prepararam os amigos grilos e cigarras para cantarem, enquanto Max ajudava Erica a ensinar as flores a dançar.
Atarefados com os preparativos os animais sorriam e de repente, o Sol radioso que iluminava o dia, desapareceu.
Erica, olhando para o amigo Sol viu-o muito triste com os seus raios tão apagados que perguntou:
- Porque estás triste?
Sem conseguir sorrir, o Sol respondeu:
- Vocês vão ter uma festa e eu, vou ficar aqui sozinho e triste.
Olhando-o, Erica disse:
- Não vais ficar sozinho e, precisamos de ti para iluminar tudo. Sem a tua luz e o teu calor não podemos viver. És essencial na festa.
Sorrindo, o amigo Sol disse:
- Vou fazer o possível para que seja uma festa maravilhosa.
Enquanto continuavam os preparativos, Fifi que esvoaçava levemente, disse:
- Erica, as minhas amigas flores estão a preparar-nos uma surpresa.
Os preparativos foram continuando e todos os animais estavam felizes e contentes.
Ao fim da tarde quando já estava tudo preparado, os animais começaram a chegar e as flores ofereciam de surpresa, lindas coroas floridas feitas por elas mesmas.
Com os grilos a cantar, as flores a dançar e todos os animais e plantas felizes, a alegria era muita. Enquanto Erica se divertia, o lago Cintilante mostrava a sua alegria com suaves e meigas ondas suaves.
Toda aquela animação parecia não ter fim e a alegria era cada vez maior.
Enquanto observava as flores a dançar, Erica sorria feliz e animada. No momento, em que Max e Pompom brincavam com alguns balões, um rebentou provocando um grande estrondo.
Com esse barulho, Erica viu-se sentada na sua cama. Confusa com tudo aquilo levantou-se e, ao olhar para a sua mesa de cabeceira, viu a noz aberta e completamente vazia.
Preparando-se e indo ter com a mãe, Erica encontrou no centro da mesa uma bonita coroa de flores, igual às utilizadas na festa. Sem conseguir perceber se tudo tinha sido real ou um sonho, Erica decidiu não contar a ninguém e assim, guardar aquele momento só para si.

sábado, 19 de maio de 2012

Leitura

Dia 18 de Maio, leitura da história O Parque Misterioso para crianças, adolescentes e adultos em Góis. Mostrando uma grande interação, todos os ouvintes gostaram e aplaudiram.
Adorava repetir.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Pensamentos

Olhando uma bela flor                          Numa tarde te conheci
Lembrei o teu doce olhar                      Só depois me apaixonei
Guardando-o com amor                       Foi então que percebi
Senti o que à muito tento apagar           Que de ti nada terei

Contando as horas que batem              Sozinha e a amargurar
Sonho voltar-te a encontrar                  Sofrendo com a solidão
Mostrando a tudo e a todos                 Com grande desejo de amar
Que o amor anda no ar                        Espero conquistar teu coração

Com um adeus apressado                    Depois de te conhecer
Todo este amor nasceu                        Perdi a lógica e a razão
Ficando contando e esperando             Só mais tarde pude entender
O momento em que serias meu             Que me roubaste o coração

segunda-feira, 19 de março de 2012

O Valor da Amizade

Na vida tudo é passageiro                        Ser amigo de verdade
E estamos sempre a mudar                      Requer muita compreensão
Só a amizade verdadeira                          Assim como a amizade
Consegue tudo suportar                          É vivida com união

Na vida temos desejos                            Contigo aprendi a crescer
Impossiveis de alcançar                          Contigo acreditei em sonhar
Sentimos sensações                                Foi assim que percebi
Dificeis de explicar                                 Que estamos sempre a mudar
Atravessamos cruzamentos
Que ninguém pode imaginar
Muitas vezes sem ninguém
Que nos possa auxiliar

Quadras com amizade

Fortes laços de amizade                               Contigo aprendi a crescer
Juntas pudémos criar                                   Contigo acreditei em sonhar
Entre risos e melancolia                                Foi assim que percebi
Aprendemos a partilhar                                Que estamos sempre a mudar
Unidas vivemos situações
Que nos puderam ensinar                            
Assim como outras então
Que nos conseguiram separar

sábado, 17 de março de 2012

Coração Sonhador

Contigo aprendi a amar                 Sem querer te conheci
Por ti voltei a sorrir                       Sem querer me apaixonei
Entendi que perdoar                      Tristemente percebi
É mais que repartir                        Que nunca te conquistarei

Não consigo explicar                    Sentimento tão belo
Nem tão pouco fugir                     Impossivel de explicar
Só te posso adorar                         Causa dores tão profundas
Sem conseguir resistir                   Que ninguém pode apagar

Coração sonhador

Numa noite de luar
Assim te conheci
Sem nunca imaginar
O que agora sinto por ti

terça-feira, 13 de março de 2012

O Parque Natural






            Num dia primaveril, os amigos Catarina, Tomás, Sara, Bruno, Patrícia, Tó, Cristiana e André reuniram-se preparados e equipados para ir visitar o Parque Natural Pedreta Perêz.

Dirigiram-se ao Parque e começaram a percorrê-lo, passando por montes, vales e outros locais.

Ao chegarem a uma planície, encontraram espalhado no chão, diverso lixo e outros estragos.

Como aventureiros, decidiram ir procurar o, ou os responsáveis por aquilo. Não encontrando ninguém, os amigos decidiram ir falar com o Presidente da Pedreta, o senhor Arnaldo e contar-lhe o sucedido.

Depois de tudo contado, os amigos foram para as suas casas esperando pelo dia seguinte.

No dia seguinte, o Tomás perguntou:

- Amigos, vocês viram as notícias na TRP?

- Não! O que é que deu? – perguntaram os amigos.

- Esteve a dar uma notícia, onde disseram que uns Ravenses estão a tentar comprar o Parque – disse o Tomás.

Os amigos, espantados com a noticia, decidiram tentar descobrir quem eram essas pessoas e qual era a razão para quererem o Parque.

Começaram a procurar quem eram essas pessoas e resolveram ir à aldeia vizinha, Raves. Ao chegarem, os amigos viram que a aldeia tinha desenvolvido e crescido muito.

Espantados com um crescimento tão grande e rápido, a Catarina disse:

- Esta aldeia cresceu muito, deve-se passar aqui alguma coisa.

- Cresceu muito depressa – disse a Patricia.

- Vamos dar uma volta, ver o que é que encontramos – disse o Bruno.

Curiosos, começaram a percorrer a aldeia e ao fim de alguns metros encontraram muitas pessoas paradas, ao pé de uma loja de animais. Espantados com aquilo os amigos afastaram-se, continuando o passeio.

Passadas três horas, os amigos regressaram à loja e sem dificuldades aproximaram-se da montra. Olharam e viram no interior, pássaros, gatos, hamsters, tartarugas, cágados e um animal parecido com o gato e com o coelho.

Achando aquilo muito estranho e com o desejo de aventura a crescer, os amigos dirigiram-se à Biblioteca Pedretense e começaram a procurar em livros alguma explicação para o que tinham visto. No fim de muito procurarem, encontraram uma notícia que dizia:

“Mistura de Espécies”

Com vontade de saber mais, os amigos leram:

“Grupo de cientistas, junta diversas espécies animais, criando o gatelho. Procurados pela polícia, agradecemos todas as informações”

Achando aquilo muito esquisito, os amigos decidiram regressar à loja de animais, para verem melhor o estranho animal. Em frente à montra, os amigos fotografaram o animal com o telemóvel e correram para casa da bióloga Alzira.

Mostraram-lhe as fotos e a bióloga perguntou:

- Onde arranjaram estas fotografias?

- Arranjámo-las ao fotografar um animal que está na loja de animais – disse a Sara.

- Vocês têm aqui a fotografia de um gatelho – disse a senhora Alzira.

Os amigos espantados, exclamaram:

- O quê!?

- Um gatelho é uma mistura de gato com coelho. Esta é uma experiência ilegal, pois junta dois tipos de animais diferentes, os gatos e os coelhos. Tenho que telefonar aos meus colegas – disse a bióloga Alzira.

 Os amigos esperaram que os senhores chegassem e contaram-lhes a história.

Depois de tudo explicado a Sara disse:

- Temos que descobrir onde é que estão a fazer isto.

Começaram todos a pensar e comentaram:

- Podem estar no antigo canil – disse o Bruno.

- Ou na Quinta do Balancho – disse a Patrícia.

Continuaram a dizer nomes, até que a Cristiana disse:

- Podem estar no Parque Pedreta Perêz.

Todos pensaram e decidiram ir investigar o Parque. Ao chegarem, foram ver nos vales, mas não encontraram nada. Foram às planícies, campos e planaltos, e nada. Depois resolveram ir ver nas grutas.

Viram sete, mas não encontraram nada.

Pensando já não descobrir nada, os amigos sentaram-se e começaram a observar o parque. Estavam a olhar, quando de repente a Catarina disse:

-Pessoal! Está ali uma gruta tapada por ervas.

Os amigos correram para a gruta e ao entrarem viram inúmeras jaulas, onde estavam gatos e coelhos. Felizes pela descoberta, os amigos ouviram um barulho e esconderam-se.

Escondidos viram que tinham descoberto os bandidos e ficaram à espera, para poderem fugir.

Passado algum tempo, os bandidos saíram e os amigos conseguiram escapar.

Apressados foram contar tudo à polícia, que rapidamente se dirigiu para a gruta.

Escondida lá dentro, a polícia apanhou os bandidos, obrigando-os a confessar tudo.

Depois de tudo terminado, os amigos regressaram a casa com uma nova aventura para contar.

quarta-feira, 7 de março de 2012

O Circo

                                                              

A Pedreta estava muito animada, pois na praça principal estava o Circo Cardinal e Ordinal Zézé Pistola.
     Os habitantes da localidade faziam os possíveis e impossíveis para assistirem aos diversos espectáculos, o que originava muita confusão.
     Os amigos Tomás, Catarina, Bruno, Sara, Tó, Cristiana, André e Patrícia, também faziam tudo para tentar entrar. Ao fim de muita espera conseguiram entrar, ficando ainda mais ansiosos com o espectáculo.
     Sentados na plateia viram leões, palhaços, mágicos, conturcionistas e outras coisas.
     Quando o espectáculo acabou, os amigos saíram animados e comentavam:
     - Foi um espectáculo- disse a Catarina.
     - Adorei os conturcionistas e os malabaristas - disse o Tomás.
     - Eu gostei mais de ver os mágicos e os malabaristas - disse o Tomás.
     - Eu gostei de ver os leões e os trapezistas - diz a Cristiana.
     - Gostei muito de ver os palhaços - disse o Bruno.
     - Eu gostei do espectáculo todo- dizem os restantes.
    Os amigos continuavam animados a comentar a beleza do espectáculo, quando ouviram:
     - Assaltaram a bilheteira do circo - gritava o porteiro.
     Todas as pessoas se afastaram, com medo de ficarem com as culpas. Os amigos, ficaram interessados e pensando numa nova aventura, decidiram procurar informações.
   Ao verem que a polícia já estava no local, os amigos aproximaram-se e ouviram:
   - Precisava de ir aos camarins, por isso chamei o meu colega Zeca Trapum para me substituir. Ele veio e ficou na bilheteira enquanto eu saí. Quando regressei encontrei o meu colega no chão e já não havia dinheiro nenhum na caixa registadora - explicava o senhor da bilheteira.
   -Diga-me o seu nome - pediu o policia.
   -O meu nome é Zezábéu - disse a senhora.
   Os amigos decidiram então que não iriam ficar a ouvir a polícia, mas que iriam procurar pistas. Começaram a procurar atrás da tenda do circo e viram no chão, uma nota e três moedas. Com os telemóveis tiraram fotos às notas e às moedas e de seguida foram a uma loja imprimi-las.
   Já com as fotografias, os amigos foram estudar o caso, nas suas casas.
   No dia seguinte, reuniram-se e cada um contou o que tinha pensado durante a noite.
   - Eu estive a pensar e acho que podíamos ir ver o livro de entradas e ver o que cada um fez durante a visita- disse a Cristiana.
   - Eu pensei que podíamos ir perguntar ao guarda do circo, se não tinha visto ninguém com um comportamento estranho - disse a Patrícia.
   - Podíamos ir novamente há bilheteira ver se lá encontrávamos alguma pista - disse a Catarina.
   Resolveram ir falar com o guarda, que muito espantado com o interesse dos amigos disse:
   - Andava cá um casal, com uma criança que entraram e saíram num curto espaço de tempo. Eu achei estranho que uma criança, estivesse tão pouco tempo no circo, mas como eles saíam antes de se dar com o roubo, eu não dei importância.
   Os amigos depois de ouvirem aquilo, comentaram e decidiram procurar mais pistas. Dirigiram-se ao porteiro que lhes disse:
   - Vi dois senhores, muito bem vestidos e preparados, que pareciam andar á procura de alguma coisa, aqui no circo. Quando demos o alarme do roubo, eles saíram muito irritados.
   - Eles transportavam alguma coisa? - perguntou a Sara.
   - Eles traziam duas mochilas - respondeu o porteiro.
   - Como é que eles eram, lembra-se? - perguntou o Bruno.
   - Eles eram ruivos, baixos, gordos e tinham vestido calças amarelas e camisolas pretas - respondeu o porteiro.
   Os amigos recomeçaram a procurar pistas e desta vez encontraram no chão um laço e um botão amarelo.
   Continuaram a procurar mas as buscas ficaram dificultadas quando chegou um grupo de pessoas, não lhes permitindo procurar mais.
   No dia seguinte, os amigos aproximaram-se do circo e juntamente com outras pessoas vêm um homem vestido de amarelo e preto. Pensando tratar-se da mesma pessoa, os amigos aproximaram-se. O homem ao ver os amigos começa a falar com o dono do circo. Os amigos, continuaram a aproximar-se e a Catarina disse:
   - Vamo-nos dividir. Sara e Tomás vão por aquele lado. Tó e Patrícia vão por trás das roulotes. André e Cristiana vão por este lado. Eu e o Bruno vamos pela frente.
   Aproximaram-se pelos lados respectivos e ao ficarem perto dos senhores, eles tentaram fugir, sendo apanhados de seguida.
   Os outros visitantes chamaram a polícia, que rapidamente levou os homens.
   Depois de os amigos explicarem a situação, começaram todos a procurar o dinheiro roubado, achando-o escondido em sacos de papel.
   Com a situação resolvida, os amigos orgulhosos terminaram mais uma aventura.