terça-feira, 7 de novembro de 2017

A Festa Do Halloween

         A manhã começava e cheios de energia, os irmãos David e Cláudia de 11 e 9 anos preparavam-se para mais um dia.
         Enquanto viam televisão, a mãe Lúcia aproximou-se.
         - Filhos. Tenho aqui um envelope muito colorido para vocês – disse ela.
      Pegando no envelope, Cláudia abriu-o e leu:
"O Clube Recreativo convida todas as crianças a participarem na noite de Halloween do próximo sábado. É proibido não vir mascarado e não trazer boa disposição. Assinado: Clube Recreativo"
          Sorridentes, os irmãos começaram logo a pensar no que iriam usar como disfarce.

         - Já sei do que me vou mascarar – disse Cláudia.
         - Eu também. Vou ser um drácula assustador – disse David.
         - Eu vou ser uma bruxa muito, muito feia – disse Cláudia.
         Entretanto, o pai Tadeu aproximou-se.
         - Bom dia. Está tudo bem? – perguntou ele.
         - Sim – respondeu David.
         - Pai! Olha o convite que nos enviaram – disse Cláudia, mostrando-o ao pai.
         Depois de o ler, Tadeu olhou sorridente para os filhos.
         - Quando era pequeno, não existia halloween. Mas, sempre que podíamos, fingia-mos ser outras pessoas – disse o pai.
         - Eu vou ser uma bruxa – disse Cláudia.
         - E eu, um drácula – disse David.
         - Vou procurar as roupas para o disfarce – disse Cláudia, afastando-se.
         - E eu também – disse David.
         Minutos depois, voltaram a reunir-se.
         - Já tenho quase tudo – disse Cláudia.
         - Eu também. Só falta a capa – disse David.
         - A mim, falta o chapéu pontiagudo – disse Cláudia. 
         Segundos depois, a mãe aproximou-se.
         - O que estão a fazer? – perguntou ela.
         - Estamos a preparar os nossos disfarces para a noite das bruxas – respondeu David.
         - E já têm o que precisam? – perguntou Lúcia.
         - Só nos falta a capa de drácula e o chapéu de bruxa – respondeu Cláudia.     
- Isso é muito fácil de arranjar – disse Lúcia.
- Como? – perguntou David.
- Para a capa, podem cortar um saco preto e, com uma cartolina preta podem fazer o chapéu – respondeu a mãe.
- Podemos ir comprar a cartolina? – perguntou Cláudia.
- Claro que sim – respondeu Lúcia, entregando-lhes duas moedas.
Felizes, os irmãos saíram de casa e a correr, foram à papelaria da esquina comprar a cartolina.
De regresso a casa, cada um começou a trabalhar no seu disfarce.
Cuidadosamente, David cortava o saco em forma triangular e Cláudia dava forma ao seu chapéu. Depois de decorarem os seus disfarces com imagens assustadoras de aranhas maquiavélicas, os irmãos vestiram os disfarces e aproximaram-se dos pais.
- Uiii!!! Que susto! – exclamou a mãe.
- Que medo! Parecem mesmo verdadeiros – exclamou o pai.
- Para eu ser uma bruxa perfeita, só me falta a vassoura – disse Cláudia.
- E a mim, o dente pontiagudo – disse David.
- A vassoura é fácil de arranjar e o dente também – disse a mãe.
- Eu vou buscar a vassoura velha que está no alpendre – disse Cláudia, afastando-se.
- E como arranjo o dente? – perguntou David.
- Não precisas arranjar nada. Com a ajuda da maquilhagem, eu preparo-te – respondeu a mãe, começando a preparar David.
Seguiu-se Cláudia que, com tons escuros nos olhos, estava assustadora.
Depois da transformação estar terminada, os irmãos estavam felicíssimos com o resultado.
Já na companhia dos amigos, começaram a percorrer as ruas e ao pararem em frente às casas, cantavam:
                “Bolinhos e bolinhos
         Para ti e para nós
         Para dar aos finados
         Que estão mortos e enterrados”
Desta maneira, quando os donos das casas lhes ofereciam doces, agradeciam cantando:
         “Esta casa cheira a broa
         Aqui mora gente boa”
Quando pelo contrário, não lhes ofereciam nada, cantavam:
         “Esta casa cheira a alho
         Aqui mora um espantalho”
Depois de percorrerem as ruas da aldeia, regressaram a casa e viram tudo o que tinham conseguido. Entre bolos, bolachas, guloseimas e outras coisas, os irmãos sentiam-se muito felizes e nunca esqueceram aquele Halloween, fantástico e único.