quarta-feira, 18 de novembro de 2015

A Fábrica de Chocolates

        Nas margens do rio Bonga, a aldeia Cocada era a mais bela de todos os arredores.
Amigos desde os primeiros anos de vida, Hugo, Nicole e Tiago adoravam brincar à beira rio e todos os momentos eram aproveitados para a diversão.
Com a chegada do Outono, os amigos programavam as atividades para o fim de semana que se aproximava.
- Podíamos ir ver o moinho – disse Hugo.
- Ou ir às ruínas do castelo – disse Nicole.
- E, em vez de irmos pela estrada, podemos ir pelo Monte Das Velhas – disse Tiago.
- Sim – disse Hugo.
Felizes, os amigos esperaram por sábado e começaram o passeio. Ao chegarem perto do abeto centenário, viram vários caminhos que podiam seguir e confusos, olharam uns para os outros.
- Por onde vamos? – perguntou Tiago.
- Não sei – respondeu Nicole.
- Vamos por um qualquer – disse Hugo.
Depois de escolherem o caminho, os amigos começaram a andar e alguns metros depois ouviram um barulho esquisito parecido com um assobio. Surpresos, olharam para vários locais e, ao olharem para umas árvores distantes viram um fumo esquisito atrás delas.
Com atenção viram que este era cor de rosa e que largava no ar um delicioso aroma a chocolate.
Curiosos e sem saberem qual a sua origem, os amigos olharam-se em silêncio.
- Que fumo tão esquisito – disse Tiago.
- Pois é. Mas, o seu cheiro é muito bom. Parece Chocolate – disse Nicole.
- Vamos tentar descobrir o que é? – perguntou Hugo.
- Vamos! – responderam os amigos.
Durante o trajeto, os amigos viram que o fumo parecia estar enfeitado com flores.
Alguns metros á frente, apareceu o esquilo Cholas que não parava de saltar e de agitar a cabeça.
- Só a mim é que isto acontece. Agora, eu é que vou ter que resolver o problema – disse Cholas.
Sem imaginarem qual era o problema, os amigos continuaram a observá-lo.
- Estou tramado! Estou tramado! – repetia Cholas.
- Os meus colegas estão doidos e devem pensar que eu sou o esquilo maravilhas – respondeu Cholas.
- Mas, o que aconteceu? – perguntou Nicole.
- Eles distraem-se com tudo e depois culpam-me – respondeu Cholas.
- Porque dizes isso? – perguntou Hugo.
- Os chocolates estavam quase prontos mas, eles distraíram-se e durante a noite o pior aconteceu – respondeu Cholas.
- Que chocolates? – perguntou Nicole.
- Os chocolates que estávamos a preparar – respondeu Cholas.
- Mas, onde é que os estavam a preparar? – perguntou Tiago.
- Na nossa fábrica – respondeu Cholas.
- Qual fábrica? – perguntou Nicole.
- A fábrica de chocolates – respondeu Cholas.
- Onde é? – perguntou Hugo.
- Venham comigo que eu levo-vos lá – disse Cholas.
Seguindo Cholas, os amigos atravessaram um pequeno riacho e, atrás de um pequeno monte, viram a fábrica que era enorme. Abrindo o portão, Cholas deixou os amigos entrar e sorriu.
- Entrem e deliciem-se com este cheiro maravilhoso – disse Cholas.
- Obrigado – agradeceram os amigos.
Enquanto observavam os outros esquilos a preparar o chocolate, o castor Chunga apareceu e, com um ar bastante carrancudo aproximou-se de Cholas.
- Encontraste o que te pedi? – perguntou Chunga.
- Encontrei. E também encontrei estes amigos. O Hugo, a Nicole e o Tiago – respondeu Cholas.
- Antes de mais, vai entregar o ingrediente à cozinha pois está a ser preciso – disse Chunga.
- Posso levar os meus novos amigos? – perguntou Cholas.
- Podes. Mas, vai lá depressa – respondeu Chunga.
Feliz, Cholas foi até à cozinha e os amigos acompanharam-no. Já lá, viram uma gatinha a mexer um caldeirão e Cholas entregou-lhe o que trazia consigo.
- Colly, não foi fácil de encontrar mas, consegui – disse Cholas, sorridente.
- Só falta isto para tudo ficar perfeito – disse Colly.
Nesse momento, Colly viu os amigos e sorriu-lhes.
- Venham mais perto e ajudem-me a mexer o caldeirão – disse Colly.
Sorridentes, os amigos aproximaram-se e, no momento em que pegaram nas colheres usadas para mexer o caldeirão, todo o espaço se encheu de um fumo cor de rosa, igual ao que tinham observado atrás das árvores.
Maravilhados, os amigos regressaram às suas casas e todos os dias recordavam aquele dia que tinha sido o melhor de sempre.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Viagem Ao Mundo Das Vitaminas

         Numa calma manhã de início de outono, os irmãos Diogo de 9 anos e Mariana de 8, viam um vídeo e atentos, tentavam aprender o máximo possível.
         No entanto, de um momento para o outro, começaram a sentir algum sono e fecharam os olhos. No momento em que os abriram, viram lá perto algo semelhante a uma cenoura mas, num tamanho muito maior.
         Sentindo uma mistura de medo e curiosidade, Diogo e Mariana ficaram imóveis sem saber o que fazer.
         Momentos depois, viram que, um limão também em tamanho grande se aproximava e cantava.
·        Tenho muita vitamina C
E o ferro faço aumentar
Sou tão forte como o melão
O meu lema é ajudar. 
Espantados por o ouvirem falar, continuaram a observá-lo e viram que se dirigia para eles.
- Olá – disse ele.
- Olá – responderam os irmãos.
- Bem-vindos ao mundo das vitaminas – disse o limão.
- Mundo das vitaminas? – perguntou Diogo.
- Sim. Querem conhecê-lo? – perguntou o limão.
- Sim – responderam os irmãos.
- Em primeiro lugar, vou-me apresentar. Sou o Vita e vou-vos levar a conhecer tudo – disse Vita.
Ao chegarem a um pequeno recreio, viram uma ervilha que divertida, brincava com uma flor.
- Olá Évila. Quero apresentar-te o Diogo e a Mariana – disse Vita.
- Olá – respondeu a ervilha.
- Olá – responderam os irmãos.
- Estes amigos estão desejosos para conhecer o nosso mundo e eu, vou ajudá-los.
- Então, venham comigo até à praça das vitaminas – disse Évila.
Depois de andarem alguns metros, chegaram a uma praça e viram lá, variadas frutas e vegetais a brincar e a sorrir.
Afastando-se um pouco, Vita falou com os amigos e estes, instantaneamente fizeram uma fila e começaram a apresentar-se.
Começou o limão:
“ Sou o Lingas
Amigo da vitamina C
Favoreço o organismo
Trabalho onde ninguém me vê.”

Continuou a cenoura:
“Com muita vitamina E
Apresento-me, sou a Cinuca
Melhoro a visão de todos
Não me chamem maluca.”

Seguiu-se o cogumelo:
“Sou o Comlo
Cheio de vitamina B5
Trabalho com as gorduras
Deixo tudo num brinco.”

O seguinte foi o abacate:
“O meu nome é Abalé
Sou bom com as hemorragias
Tenho muitas proteínas
Trabalho todos os dias.”

Chegou a vez da castanha:
“Sou a Catas
Com muita vitamina H
Trato dores e exaustão
Resolvo o que á.”

Continuou o morango:
“Apresento-me sou o Mogas
E C é a minha vitamina
Fortaleço o sistema
Seja menino ou menina.”
Continuou a ervilha:
“Sou a Évila pequenina
Redonda trato a depressão
Ajudo a melhorar a pele
Tento tratar a situação.”

Por último foi o trigo:
- Sou o Tongas bonitinho
E tenho vitamina B1
Faço tudo bem certinho
Trabalho como nenhum.”

Sorridentes, todos deram as mãos e fizeram uma roda onde começaram a dançar. Após algum tempo, Vita aproximou-se.
- Já aprenderam muito? – perguntou ele.
- Sim – responderam os irmãos.
- Mesmo? – perguntou Vita.
- Sim – respondeu Diogo.
- Aprendemos que as frutas são mesmo muito importantes e que não podemos viver sem elas – disse Mariana.
- Exato. E sabem qual é a porção diária que devem consumir? – perguntou Vita.
- Não – responderam os irmãos.
- Para vocês, a porção recomendada é o equivalente a três xicaras de vegetais e duas de frutas – explicou Vita.
- A partir de hoje, vou começar a comer muitas frutas – disse Diogo.
- E eu também – concordou Mariana.
Então, recomeçaram a dança e de um momento para o outro, uma grande nuvem de poeiras e estrelas apareceu.
No momento seguinte, quando Diogo e Mariana abriram os olhos, viram que estavam de regresso ao sofá de casa e, em cima de cadeiras estavam dois lindos peluches, iguais a Vita.
A partir desse dia, não só Diogo mas também Mariana começaram a seguir à risca, as doses recomendadas de frutas e vegetais. E, várias vezes ao dia, cantavam:

  
As vitaminas são essenciais
Comam frutas e vegetais
Precisamos dos nutrientes
Para ficar felizes e contentes
São necessários para viver
E ajudam-nos a crescer
Com elas a saúde melhora
E ficamos bons sem demora.