quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Festa de Natal
          Na aldeia Soprada, todos os habitantes andavam atarefados com os preparativos para o natal. Enquanto alguns preparavam a iluminação das ruas, outros enfeitavam a grande árvore do jardim Central.
Felizes com a época natalícia, os amigos Matilde, Diogo, Tânia e Rafael divertiam-se a ver filmes de natal.
Numa tarde em que se reuniram na casa de Matilde, Diogo disse:
- Amigos, de manhã enquanto tomava o pequeno-almoço lembrei-me de que podíamos fazer no centro recreativo uma festa de natal.
Curiosa, Tânia perguntou:
- Em que estás a pensar?
Rapidamente, Diogo respondeu:
- Pensei que juntamente com outras crianças podíamos fazer um pequeno teatro, cantar algumas canções de natal e no final fazermos uma troca de prendas.
Gostando da ideia, Matilde disse:
- É uma ideia diferente e acho que vai ser muito divertido.
Percebendo que os amigos gostavam da ideia, Diogo disse:
- Então agora temos que começar a preparar as coisas. Primeiro, vamos distribuir as tarefas e depois, começamos os preparativos.
Pegando num papel, Tânia começou a escrever:
“Canções     Matilde; Enfeites     Rafael; Teatro      Tânia; Cartazes      Diogo”
Terminada a lista de tarefas, Rafael disse:
- Antes de começarmos a preparar as coisas, temos que ter autorização para utilizar o centro. Precisamos ir falar com o senhor Bartolomeu.
No caminho, os amigos riam e com corridas chegaram ao Centro Recreativo. Já na sala do senhor Bartolomeu, Tânia disse:
- Como estamos perto do natal, pensámos em fazer uma festa.
Curioso, Bartolomeu perguntou:
- Uma festa, como!?
Rapidamente, Matilde respondeu:
- Uma festa com um pequeno teatro, umas canções e com uma troca de prendas.
Sorrindo, Bartolomeu disse:
- Acho uma ideia gira.
Aproximando-se, Diogo disse: 
- O nosso problema é o local. Pensámos aqui no centro e por isso viémos pedir-lhe autorização para fazermos cá os ensaios e depois a festa.
Olhando para os amigos, Bartolomeu disse:
- Claro que vos dou autorização. Podem também ir à arrumação e utilizarem os rolos de papel para prepararem os cenários.
Depois de terem a chave do centro, os amigos foram até lá para começarem a preparar e organizar as coisas. Enquanto tentavam decidir qual a peça de teatro que iriam representar, Tânia disse:
- Como é uma festa de Natal, podemos fazer a história do nascimento de Jesus.
Adorando a ideia, os amigos aceitaram começando logo a pensar no que era preciso fazer.
Sentados perto de uma mesa, Diogo fez os cartazes e Matilde começou a escolher as canções. Ao fim da tarde, regressaram para as suas casas, esperando pelo dia seguinte.
Na manhã seguinte já reunidos no Centro, continuaram os preparativos para a festa.
Enquanto a Matilde e o Rafael montavam os cenários, Tânia e Diogo percorriam as ruas da aldeia, convidando as crianças a participarem na festa.
No dia marcado para o primeiro ensaio, todas as crianças esperavam ansiosas a chegada dos amigos. Ao chegarem e vendo tantas crianças, os amigos ficaram surpresos e ansiosos para começar tudo.
Com todas as crianças sentadas no palco, Tânia disse:
- Para o teatro, escolhemos uma pequena história do nascimento de Jesus. Precisamos de um São José, de uma Maria e de um Menino Jesus.
Depois de escolhidas as crianças, Diogo disse:
- Os restantes vão ser os anjos que irão cantar várias canções.
Seguindo-se um ensaio rápido, os amigos e as crianças divertiram-se muito.
Nos fins-de-semana seguintes, os ensaios repetiram-se e após alguns, tudo ficou pronto.
Na tarde do dia 25, a festa iniciou com a canção “Pinheirinho, Pinheirinho” e durante o teatro cantaram “Bate o Sino”, “Noite Feliz” e “Olhei para o céu”.
Terminado o teatro, era o momento da troca de prendas. Enquanto o senhor Bartolomeu as distribuía, um menino com roupas rasgadas e sujas entrou no Centro Recreativo.
Todas as pessoas o olharam e ignoraram, o que o fez ir para um canto escuro.
Os amigos, sentindo compaixão por ele, chamaram-no ao palco e lá, entregaram-lhe também uma prenda.
No final, terminaram a cantar “A Todos Um Bom Natal”.

sábado, 10 de novembro de 2012


O Cogumelo Gigante

         Com o nascer de novas flores a primavera começava a despertar e, todos os habitantes da aldeia Bitoque estavam felizes e animados.

            Numa manhã em que o sol brilhava, Diogo de sete anos jogava à bola com o seu amigo Tiago e, entre gargalhadas e outras brincadeiras a animação era grande. Enquanto praticavam os passes de bola, um pontapé mais forte atirou a bola para uma terra próxima, cheia de ervas altas.

            Correndo para a apanhar, Diogo entrou nas ervas vendo rapidamente a bola. Preparado para a apanhar, deu uns passos e quando lhe pegou, viu mais à frente um grande e colorido cogumelo. Ao regressar para junto de Tiago, continuaram a brincar e a divertir-se.

            No dia seguinte, Diogo decidiu ir ver melhor o cogumelo e, tentar perceber porque nascera ali e era tão grande. Aproximando-se, viu as suas diversas cores assim como os seus inúmeros círculos. Deslumbrado com tantas cores, Diogo ouviu uma voz que lhe disse:

            - Olá!

            Olhando para todos os lados e não vendo ninguém, Diogo perguntou:

            - Quem fala?

            Alguns segundos depois, a mesma voz disse:

            - Sou eu, o cogumelo.

            Ao olhar para o cogumelo, Diogo viu dois olhos e uma boca sorridente que o observavam fixamente. Sem saber o que dizer, Diogo ficou calado à espera do que poderia acontecer a seguir. Segundos depois, o cogumelo disse:

            - Não te assustes. Sei que é estranho falar com um cogumelo mas, se quiseres ouvir a minha história vais perceber tudo.

            Preparado para ouvir a história, Diogo sentou-se numa pedra e disse:

            - Gostava muito de te ouvir.

            Começando a falar, o cogumelo contou:

            - Nasci de uma semente de pinheiro mas, quando estava a começar a furar a terra uns trovões atingiram a minha raiz e, ao contrário dos pinheiros comecei a crescer depressa mas com a forma de um cogumelo.

            Espantado, Diogo perguntou:

            - Mas, como foi isso!?

            Sorrindo o cogumelo respondeu:

            - Quando esta árvore aqui ao lado me disse que tinha sido ela a largar a minha semente, eu perguntei-lhe logo porque era diferente e foi então que ela me contou tudo. Contou-me também que a única maneira de deixar de ser um cogumelo e ser uma árvore, está na gruta do lago. Como não posso sair daqui para lá ir, serei sempre um cogumelo gigante.

            Percebendo a tristeza do amigo, Diogo disse:

            - Eu vou-te ajudar. Posso ir à gruta e vou encontrar a solução.

            Agradecendo, o cogumelo disse:

            - Não imaginas como te agradeço a ajuda. Mas, parece que existem muitos perigos na gruta. Vários animais já lá foram mas, nunca conseguiram trazer a poção pois, dizem que está protegida por uma luz mágica.

            Começando a andar em direção à gruta, Diogo viu diversos cogumelos mais pequenos que marcavam o caminho. Alguns metros à frente ao chegar à gruta, Diogo entrou e começou a percorrê-la. Lá dentro, Diogo viu uma luz muito brilhante que iluminava a poção e, ao olhar para a parede, viu lá desenhada uma imagem esquisita que rapidamente lhe despertou a atenção.         Curioso, Diogo tocou-lhe e nesse momento e nesse momento, a luz começou a perder a nitidez, desaparecendo completamente.

            Sem dificuldades, Diogo tirou o frasco da poção e, saíndo a correr foi ter com o amigo cogumelo. Este, ao ver o frasco, disse:

            - Obrigado amigo. Agora é preciso que me regues com a poção e que ela chegue à minha raiz. Só assim, é que tudo fica bem.

            Decidido a ajudar o amigo, Diogo regou-o e nesse momento o chão começou a tremer, abrindo um buraco debaixo do cogumelo que o engoliu e provocou uma enorme nuvem de poeira. Sem conseguir ver nada, Diogo fechou os olhos durante alguns segundos.

            Ao abri-los, viu então uma bonita e grande árvore assim como, um belíssimo arco-íris. Vendo alguns pássaros pousados, a cantar nos ramos da amiga árvore, Diogo ouviu:

            - Graças a ti, agora sou uma árvore. Nunca te conseguirei agradecer o que fizeste mas, serei sempre uma amiga com quem podes falar.

            Sorrindo, Diogo disse:

            - Obrigado. Amanhã vou trazer cá o meu amigo Tiago e vamos divertir-nos.

            Despedindo-se, Diogo regressou a casa não contando a ninguém o que tinha vivido naquele dia.

            No dia seguinte após se encontrar com Tiago, Diogo levou-o até à árvore onde contou tudo o que tinha acontecido. Adorando a ideia de ter uma amiga árvore, Tiago e Diogo ocupavam o tempo livre com brincadeiras, conversas e risadas com a amiga que tornou aquele espaço um belo jardim.