quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Escrita Criativa

Os textos com que participei no concurso de Escrita Criativa:

Peço um desejo para 2014
 

            Numa fria e chuvosa tarde de início de ano, Sofia com 12 anos observava a rua vazia.
            Enquanto pensava o que fazer, Sofia viu uma revista em cima do sofá e decidiu lê-la. Ao folheá-la, viu um artigo acerca da pobreza e todos os seus derivados. Leu também que, a fome e os maus tratos faziam parte do dia-a-dia dessas pessoas e que devido ao analfabetismo lá existente, a procura de emprego complicava-se ainda mais.
            Sentindo compaixão, Sofia olhou para os seus livros e viu numa prateleira um pequeno caderno que tinha feito na escola e onde aproveitava para escrever os seus desejos e sonhos.
            Pegando numa caneta, Sofia foi buscá-lo e sentada na sua cama, escreveu:
            “Desejo que neste ano de 2014 a pobreza acabe e que todas as pessoas tenham direito a aprender.”
            Depois de reler o que acabava de escrever, Sofia olhou para o seu peluche preferido e abraçou-o. Minutos depois, pegou novamente no caderno e acrescentou:
            “… Desejo também que todas as crianças do mundo possam viver livres, sem medos e com a certeza de que os direitos são iguais para todos.”
            Após decorar o apontamento com desenhos de flores, Sofia guardou o caderno na gaveta e feliz, esperou pela sua concretização.

Peço um desejo para 2014

            Num dia com muita chuva, Ana de 10 anos via divertida os desenhos animados da televisão, onde várias personagens estavam doentes. Com a certeza de que também inúmeras pessoas estavam nas mesmas situações, Ana olhou para o seu gato Fifas e disse:
            - Ainda bem que não estou doente.
            Fifas aproximou-se e encostando o focinho às pernas de Ana, começou a ronronar. Nesse momento, Ana teve uma sensação esquisita e disse-lhe:
            - Fifas, nas minhas orações da noite vou começar a pedir para que as doenças acabem e para que todos sejam felizes.
 
Peço um desejo para 2014
            Numa tarde após o regresso da escola, os gémeos Tiago e Pedro de 11 anos fizeram os trabalhos da escola e foram ver televisão onde transmitiam um documentário acerca das guerras.
            Atento, Tiago observava tudo e sentindo algum medo, aproximou-se mais do irmão que lhe disse:
            - As guerras são muito más.
            Concordando, Tiago disse:
            - Pois são. As pessoas morrem e às vezes não fica nada resolvido.
            Pedro disse:
            - Era bom se as guerras acabassem e se todo o planeta pudesse viver em paz.
            Nesse momento, o pai João entrou e perguntou:
            - Olá filhos. Que se passa para estarem tão quietos?
            Pronto para explicar tudo, Tiago respondeu:
            - Estávamos a falar das guerras e como era bom se acabassem.
            Concordando, João disse:
            - Isso é que era mesmo bom.
            Curioso, Pedro perguntou:
            - Porque é que há guerras?
            João explicou:
            - Muitas vezes, as guerras são por causa de dinheiro. Mas, em outras é só pela maldade dos homens.
            Atento, Tiago perguntou:
            - Como podemos fazer para as guerras acabarem?
            João olhou para os filhos e respondeu:
            - Nós não podemos fazer nada. Somos muito pequenos para isso.
            Percebendo o significado da palavra pequenos, Pedro disse:
            - O meu desejo para este ano é que as guerras acabem e que todos sejam felizes.
            Concordando com o irmão, Tiago disse:
            - O meu também.
            A partir desse dia, o maior desejo dos irmãos era que as guerras terminassem e que o mundo fosse feliz.
Um desejo para 2014 
            Na pequena aldeia Fingida, todos os habitantes estavam felizes com o início do novo ano e por isso, todos os momentos eram de alegria.
            Numa pequena e acolhedora casa da rua Pipoca, as irmãs Matilde com 8 anos e Joana com 10, ajudavam a mãe Bia a preparar o almoço e felizes, distribuiam a salada pelas travessas e entre sorrisos e risadas, tudo correu pelo melhor.
            Durante o almoço, os pais elogiaram o trabalho das filhas e depois de tudo terminado, foram para a sala ver televisão. Nesse momento, Matilde foi à janela e viu um pequeno rapaz a vasculhar o lixo.
            Sentindo um enjoo, Matilde chamou a mãe e disse-lhe:
            - Mãe. Olha aquele rapaz a mexer no lixo.
            Olhando pela janela, Bia observou o rapaz e disse:
            - Deve andar à procura de alguma coisa.
            Enquanto isso, uma outra criança apareceu e tal como a primeira, começou a remexer no lixo. Segundos depois, Joana disse:
            - Eles se calhar têm fome e estão a procurar comida.
            Sensibilizada, Matilde disse:
            - Era muito bom se deixasse de haver pessoas com fome.
            Concordando, Joana disse:
            - Muitas vezes fazem campanhas de recolha de alimentos mas, nem todas as pessoas são ajudadas.
            Depois de pensar um pouco, Matilde disse:
            - A partir de agora, não vou desperdiçar a comida e vou tentar ajudar as pessoas mais pobres.
            Sorrindo, Joana disse:
            - Eu vou rezar todas as noites e vou desejar que acabe a fome no mundo.
            Felizes pelo que tinham decidido, as irmãs contaram tudo à mãe que, contente pela vontade de ajuda das filhas, disse:
            - Espero que o vosso desejo se realize e que mais pessoas pensem assim.
            Durante esse dia, as irmãs desejaram cada vez com mais força que a fome terminasse e que 2014 fosse um ano de mudança.
 
 


Com um novo ciclo a nascer
E mais um ano a começar
Pensei no que gostaria
De ver 2014 alterar
Lembrei a pobreza no mundo
E o bom que era acabar
Recordei as injustiças
Que deveriam terminar
Desejei a paz no mundo
difícil de alcançar
Tendo a certeza que para isso
Todos temos que ajudar.
 


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 



 
 

 
 
 
 

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

O Pasteleiro Inventor

         Com 26 anos, Ruben é um pasteleiro que adora inventar e cozinhar novos bolos e guloseimas.
         Numa manhã fria e chuvosa, Ruben foi para a cozinha e ao ver no armário uma caixa de pintarolas, olhou para o seu gato Piegas e disse:
         - Vou colorir este dia cinzento.
         Decidido, Ruben foi à arrecadação e reuniu em cima da mesa, 2 ovos, açúcar, farinha, manteiga e dois tubos de pintarolas. Começou por misturar os ovos com o açúcar até conseguir ligar tudo e depois juntou as pintarolas. De seguida, derreteu a manteiga e juntou ao preparado anterior. Por fim, misturou a farinha e levou a massa ao forno.
         Enquanto o bolo cozia, Ruben derreteu um pouco de chocolate e colocou-o numas pequenas formas de plástico com o formato de laços e levou ao forno os últimos 10 minutos.
         Terminado o tempo, Ruben colocou os preparados em cima da mesa e com um enorme sorriso, distribuiu os laços pelo bolo.
         Após contemplar a obra durante uns minutos, Ruben colocou-o na montra e pouco depois, várias pessoas, incluindo crianças observavam o bolo.
         Feliz por perceber que tinha feito um bom trabalho, Ruben chamou as crianças e disse-lhes:
         - Entrem. Venham provar o bolo pintarolas.
Aos empurrões, as crianças entraram e sorridente, Ruben distribuiu por todos o bolo que tinha feito com muito carinho. Enquanto o provavam, Carla de 7 anos, exclamou:
- Tão bom!
Concordando, Pedro disse:
- Sim. É tão fofinho que parece algodão doce.
Sorrindo, Carla disse:
- Ainda é melhor. O algodão doce não é tão fofo e ficamos sempre com os dedos colados.
Adorando os elogios, Ruben disse:
- Obrigado
Segundos depois, o telefone tocou e Ruben atendeu-o:
- Sim… Só preciso saber o essencial. Nome, idade e as preferências.
Depois de anotar as informações, Ruben desligou o telefone e olhando para Carla e Pedro, disse:
- Recebi agora a encomenda de um bolo de aniversário.
Sorridente, Carla perguntou:
- Podemos vê-lo a preparar o bolo?
Ruben respondeu:
- Não só podem ver, como ambém podem ajudar.
Ainda mais felizes, Carla e Pedro exclamaram:
- Boa!
Depois de distribuir os aventais, Ruben disse:
- Agora, vamos começar. Em primeiro, vamos bater os ovos com o açúcar. A seguir, juntamos um pouco de chocolate branco a esta massa e um pouco de chocolate negro à outra. No fim, juntamos a farinha.
Enquanto seguiam os passos que Ruben tinha dado, Carla e Pedro sentiam-se felizes e importantes.
Ao terminarem essa parte e depois de verem o bolo no forno, Ruben disse:
         - Agora só nos falta preparar a cobertura.
         Entusiasmados com tudo, Carla perguntou:
         - O que temos que fazer?
         Ruben explicou:
         - Vamos começar por partir umas gomas em pedacinhos, depois espalhamos este pó pelo bolo e terminamos com as gomas.
         Sorridente, Pedro disse:
         - Vai ficar espétacular.
         Terminado o tempo de cozedura, Ruben retirou o bolo do forno e colocou-o em cima da mesa. Ao ver o bolo, Carla disse:
         - Agora só falta decorá-lo.
         Percebendo a vontade de Carla e de Pedro em decorar o bolo, Ruben disse:
         - Como sei que estão a adorar esta atividade, vou deixar que sejam vocês a decorar o bolo.
         Sem conseguir esconder a felicidade, Pedro disse:
         - Sempre gostei de decorar bolos. Lá em casa, sou sempre eu a fazer isso.
         Contentes e animados, Carla e Pedro decoraram o bolo com coloridas pintarolas, nuvens de chantilly e bonitos bonecos de chocolate.
         Terminados os enfeites, Ruben disse:
         - O bolo está explêndido. Parece que foi decorado por pasteleiros profissionais.
         Carla e Pedro sentiam-se agora umas pessoas crescidas e a felicidade que mostravam era imensa.

         Com o fim desta atividade, Carla e Pedro tornaram-se super amigos e todos os momentos livres eram passados a ajudar Ruben na invenção de mais bolos.