quarta-feira, 6 de março de 2019

O Piquenique No Bosque


         A manhã começava com os raios de sol a furar as nuvens e lentamente, a aldeia Balelas começava a ganhar agitação.
         Numa casa da rua Corridinhas, Pedro de 8 anos e a irmã Cátia de 7, prepararam-se e foram para a escola. Durante as aulas, sempre com muita atenção, faziam os possíveis para aprender o que a professora ensinava.
         Terminadas as aulas, ao atravessarem os portões da escola, pararam a observar o bosque que lá existia.
         - Qualquer dia, temos que ir ver se os esquilos ainda estão no grande pinheiro – disse Pedro.
         - Boa ideia. E também podíamos dizer a alguns dos nossos amigos para irem connosco – disse Cátia sorridente.
         Ao chegarem a casa, aproximaram-se da mãe Filomena e do pai Xavier que, arrumavam a garagem. Ao verem os filhos tão felizes, sorriram-lhes também.
         - Olá meninos – disse Xavier.
         - A avó Joaquina telefonou a pedir para vocês irem a casa dela – disse Filomena.
         Rapidamente, largaram as mochilas e saíram para a rua, felizes.
A correr, chegaram a casa da avó e viram em cima da mesa da cozinha, um bolo de chocolate decorado com pintarolas coloridas.
         - Olá avó – disse Cátia.
         - Olá meninos – disse a avó.
         - A nossa mãe disse que ligaste a pedir para aqui virmos – disse Pedro.
         - Sim. Pedi para aqui virem, pois fiz este bolo e vocês têm que o provar em primeiro – disse a avó.
         - É muito bonito – disse Cátia.
         - Faltam-lhe alguns frutos mas, como não os pude ir buscar usei pintarolas – disse a avó.
         - Queres que os vamos apanhar? – perguntou Pedro.
         - Se pudessem, faziam-me um grande favor. Assim, podia congelar alguns para usar na próxima vez – respondeu a avó.
         - Vamos já – disse Pedro.
         Depois de cada um pegar num cestinho, saíram para a rua, felizes.
         Ao chegarem ao pinhal, começaram a apanhar pinhões e depois de andarem mais um bocado, ouviram uns estalidos.
         Curiosos, começaram a procurar a origem daqueles ruídos.
         Pouco depois, viram atrás de umas ervas altas, alguns animais que em conjunto, limpavam o espaço de pedras e ervas incómodas. Em silêncio, aproximaram-se um pouco mais e ficaram a observá-los.
         Alguns segundos depois, um esquilo aproximou-se e, ao tropeçar numas pedras, caiu, espalhando as nozes que levava consigo. Juntando-as uma a uma, foi então para junto dos outros animais.
         Entretanto, a abelha rainha pousou lá e, começou a bater as suas asas.
         - Porque estás tão agitada? – perguntou o esquilo.
         - Vocês não viram mas, estão ali, duas crianças a observar-vos – respondeu a abelha.
         Instantaneamente, os animais olharam para os irmãos e sorriram-lhes.
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         - Olá – disseram os esquilos.
         - Olá – responderam os irmãos.
         - Querem participar no nosso piquenique? – perguntou um castor.
         - Gostávamos mas, o piquenique é vosso – respondeu o Pedro.
         - Não é nosso. É de todos – disse a abelha.
         - Então, está bem. Mas, temos que ir levar estes cestos à nossa avó – disse a Cátia.
         - Vão lá e depois voltem – disse o castor.
         Sorridentes, Cátia e Pedro foram a correr deixar os cestos com a avó e, voltaram para junto dos animais.
         Depois de se sentarem na erva, os irmãos olharam para o coelho e viram-no muito impaciente a olhar para todos os lados.
         - O que se passa? Estás à procura de alguma coisa? – perguntou o castor.
         - O Jika está a demorar muito – respondeu o coelho.
         - Quem é o Jika? – perguntou a Cátia.
         - É o meu irmão. Ele ficou lá atrás a apanhar amoras e, está a demorar muito – respondeu o coelho.
         - Vou ver se o encontro – disse o Pedro.
         Minutos depois, ao passar ao lado de umas ervas altas, ouviu uns estalidos e curioso, afastou-as para espreitar. Então, viu o Jika caído no chão a tentar desembaraçar-se de umas ervas.
         - Precisas de ajuda? – perguntou Pedro.
         - Preciso. Não me consigo libertar destas ervas. Parece que não querem que leve as amoras – respondeu o Jika.
         - Eu ajudo-te – disse o Pedro.
         Com calma, Pedro começou a afastar as ervas e aos poucos, libertou Jika que, sorridente apanhou as amoras.
         Já na companhia dos outros animais, a festa continuou e todos se divertiram muito.
         A partir desse dia, sempre que tinham possibilidade, os irmãos iam até ao bosque e divertiam-se com os animais.