quinta-feira, 2 de abril de 2015

As Gémeas E O Duende

       Com o inicio de mais um dia, as gémeas Núria e Nádia de 9 anos brincavam felizes com as suas bonecas. Enquanto as penteavam, a mãe Cremilde aproximou-se e disse:
        - Filhas. A mãe da Jéssica ligou a convidar-vos para irem fazer um piquenique com a filha no parque Escarlate.
        Felizes, as gémeas responderam:
        - Claro que vamos.
Então, Cremilde foi à cozinha e minutos depois regressou com um bolo de chocolate, decorado com coloridas pintarolas e bonitos lacinhos de chocolate branco.
Algum tempo depois, as irmãs foram para o parque e viram lá, os amigos Daniela, Pedro, Leonor, Rafael e Jéssica que, riam felizes.
Já junto dos amigos, Núria e Nádia divertiram-se com algumas piadas e brincadeiras e, minutos depois viram perto de um arbusto flores muito bonitas. Então, decididas a apanhar algumas, aproximaram-se e enquanto as observavam melhor, sentiram uma aragem que agitou os malmequeres.
Quando se preparavam para regressar para junto dos amigos, viram caído no chão um bonito e brilhante laço vermelho que apanharam, pensando que fosse de algum amigo.
De regresso a junto dos amigos, Núria mostrou o laço e perguntou:
- Este laço é vosso?
Todos responderam:
- Não.
Terminado o piquenique, as gémeas regressaram a casa e no quarto, ficaram a observar o laço. Então, Nádia disse:
- O laço é muito bonito. Parece que tem um brilho mágico como os das histórias de fadas.
Durante a noite, o laço brilhava como uma estrela o que, deixou as irmãs cheias de curiosidade e de vontade de perceber qual a causa para ele ser assim.
Dias depois, Núria disse:
- Vamos ao local onde encontrámos o laço. Pode ser que lá esteja mais alguma coisa.
Já no parque Escarlate, Núria e Nádia foram ao local onde tinham apanhado as flores e lá, viram um duende ocupado a remexer no arbustos e a dizer:
- Onde é que estará. Já procurei em todo o lado e tenho quase a certeza de que o perdi aqui no parque.
Lembrando-se do laço que tinham encontrado, Núria disse:
- No dia do piquenique, encontrámos no chão um laço vermelho.
Rapidamente, Nádia disse:
- Sim. E o laço está sempre a brilhar como uma estrela.
Interrompendo, o duende disse:
- É o meu laço.
Então, Nádia perguntou:
- Como te chamas?
O duende respondeu:
- Sou o Orelhudo. O duende do parque.
Núria disse:
- Nós somos as gémeas Núria e Nádia.
Percebendo a felicidade do duende, Núria disse:
- Amanhã trazemo-lo para te entregar.
Sorrindo de felicidade, o duende disse:
- Vai ser muito bom. Eu e o laço somos muito amigos.
No dia seguinte logo de manhãzinha, as irmãs pegaram no laço e viram que ele estava com uma cor mais apagada e triste.
A correr, as irmãs chegaram ao local combinado e Orelhudo já as esperava. Ao vê-las com o seu laço, disse:
- Que bom. Estava cheio de medo de o ter perdido para sempre.
No momento em que Orelhudo pegou no laço, este voltou a ter a sua cor viva e brilhante. Então, ele disse:
- Obrigado. Para vos agradecer, convido a irem comigo visitar o meu mundo.
Sorrindo, as irmãs disseram:
- Está bem.
Rapidamente, uma nuvem envolveu todos e, transportou-os para um outro jardim onde vários duendes cantavam:
“Com orelhas longas e curtas, todos temos que viver.
Redondas e pontiagudas o importante é entender.”
Terminada a música, Orelhudo aproximou-se dos outros duendes e apresentou-os:
- Estes são os meus amigos. O Orelhinhas, o Orelhão, a Orelhacas e a Orelhitas.
Então, Orelhacas perguntou:
- E as tuas amigas, como se chamam?
Cada uma se apresentou:
- Eu sou a Nádia.
- E eu a Núria.
Orelhão olhou para as gémeas e perguntou:
- Como é que conseguem ser iguais?
Núria respondeu:
- Nós já nascemos iguais. Por isso, somos irmãs gémeas.
Sorrindo, Orelhitas disse:
- Que engraçado. Nunca pensei que isso fosse possível.
Orelhudo disse:
- O mundo é cheio de diferenças e a mãe natureza é que cria tudo. Nós, somos diferentes das outras pessoas por causa das orelhas mas, não podemos mudar isso.
Nádia disse:
- Nós, ao inicio não gostávamos de ser gémeas mas, depois percebemos que até é engraçado.
Núria disse:
- Ás vezes as pessoas confundem-nos.
Então, Orelhudo disse:
- Temos que aprender que, somos Todos Diferentes, Todos Iguais.
Nesse instante, surgiu a nuvem e transportou as irmãs para casa.

A partir desse dia, em todos os momentos livres, as gémeas iam ao parque e lá conversavam com Orelhudo e ouviam histórias fantásticas.

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