sábado, 6 de agosto de 2011

A Ilha

A Ilha

         Acabadas as aulas, os amigos agora de férias, tentavam encontrar diversão, o que era difícil pois quase toda a Pedreta estava também de férias.
         Os amigos, num dia de reunião diziam:
         - Podíamos ir passear no bosque, fazendo corridas e outros jogos - disse a Patrícia.
         - Com as corridas ainda nos cansamos mais - disse o Bruno.
         - Podíamos ir ao parque de diversões – disse a Sara.
         - Para isso é preciso dinheiro, onde é que o vamos buscar? – perguntou o Tomás.
         - Pois é, tinha-me esquecido desse pormenor – respondeu a Sara.
         Depois de pensarem, repensarem e voltarem a pensar, a Catarina disse:
         - Já sei! Vamos perguntar ao senhor Barnabé, o pescador, se podemos ir algumas vezes com ele, á pesca.
         Os amigos aceitaram a ideia e dirigiram-se ao porto dos pescadores. Ao chegarem, viram que muitos dos barcos estavam ancorados á margem. Aproximaram-se e enquanto procuravam o barco, ouviram:
         - Isto está mau para a pesca, os peixes já nem vêm á rede. Por hoje, já não vou voltar ao mar – disse um pescador.
         Os outros pescadores, ao ouvirem aquilo amarraram os seus barcos e largaram a pesca.
         Ainda na esperança de encontrar o senhor Barnabé, os amigos continuaram a procura e finalmente viram-no ao longe a recolher as suas redes de pesca.
         Os amigos aproximaram-se e perguntaram:
         - O senhor Barnabé deixa-nos ir ao mar, no seu barco? – perguntaram.
         - Olá amigos! Claro que vos deixo ir – respondeu o senhor Barnabé.
         Os amigos foram às suas casas buscar material para a viagem e de regresso ao porto, com a ajuda do senhor Barnabé entraram no mar.
         Começaram a remar e depois de algum tempo viram ao longe uma ilha. Resolveram aproximar-se e viram que a ilha era enorme.
         Depois de ancorarem o barco na margem, os amigos começaram a visitar a ilha encontrando inúmeros espaços verdes com flores raríssimas.
Andaram e ao chegarem perto de um lago, ouviram:
- Se não correres vou-te apanhar – dizia uma voz.
- Não consegues porque eu corro mais – dizia outra.
Os amigos aproximaram-se silenciosamente e viram que as vozes eram de duas crianças, que alegremente brincavam junto ao lago.
Não querendo serem vistos, os amigos esconderam-se atrás de arbustos e ouviram:
- Milena, está aqui um pássaro muito bonito – disse uma das crianças.
- Jenifer, não o deixe fugir – disse a outra.
Os amigos riram-se e olharam espantados, quando decidiram tentar falar com as crianças.
Começaram a aproximar-se e quando já estavam próximos, o Tomás disse:
- Olá meninas.
As meninas, assustadas começaram a fugir. Os amigos correram atrás delas e ao vê-las entrar numa casa de madeira pararam e ficaram à escuta. Do interior da casa ouviram:
- Filhas! O que se passa? Parece que viram fantasmas.
- Mãe, estão umas pessoas lá fora que correram atrás de nós – disse a Milena.
A mãe alarmada saiu da casa e encontrou os amigos que, depois de explicarem tudo, foram acolhidos com carinho.
Pouco depois, começaram as perguntas:
- Quem são? O que estão aqui a fazer?
- Nós somos o Tomás, a Catarina, o Bruno, a Sara, o Tó, a Patrícia, o André e a Cristiana e ao darmos um passeio de barco, vimos esta ilha que viemos visitar – respondeu o Tomás.
- Porque estavam a correr atrás das minhas filhas?
- Nós só corremos atrás das suas filhas, porque queríamos perguntar-lhes o que estavam a fazer sozinhas nesta ilha, que pensávamos nós, não tinha habitantes – respondeu a Patrícia.
A senhora explicou:
- Nós moramos nesta ilha deserta, porque o meu ex-marido quer-nos apanhar. Então, viemos para aqui para nos escondermos.
- Nós vamos ajudar – responderam os amigos.
- Como é que se chamam? – perguntou a Catarina.
- Eu chamo-me Lisa e as minhas filhas chamam-se Jenifer e Milena – disse a senhora.
Os amigos depois de ouvirem tudo, disseram:
- Nós vamos à Pedreta, ver o que conseguimos fazer.
Saíram da ilha e ao chegarem á policia, contaram tudo.
A polícia ao chegar à ilha, encontrou as meninas e a mãe que transportaram para a Pedreta. De seguida, a polícia dirigiu-se ao Registo Civil, onde descobriu quem era o pai e o ex-marido da senhora Lisa.
Rapidamente partiram na sua busca, encontrando-o desprevenido e sem qualquer tipo de álibi.
Levaram-no para a Pedreta, onde acabou por confessar todas as suas intenções num interrogatório.
Depois de tudo terminado, os amigos festejaram o fim de mais uma aventura.

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