quarta-feira, 6 de novembro de 2013

O Magusto da Aldeia


                      Sorridentes e felizes, os habitantes da aldeia Reflexo andavam atarefados com os preparativos do magusto que reunia todos os habitantes.
             Felizes com toda aquela agitação, os irmãos Inês e Sérgio de 7 e 9 anos tentavam ajudar e ao verem uma senhora a distribuir pratos e copos pelas várias mesas, aproximaram- -se. Sorrindo, Sérgio disse:
             - !
             A senhora olhou para eles e respondeu:
             -!
             Curiosa, Inês perguntou:
             - Que está a fazer?
             A senhora respondeu:
             - Estou a preparar as mesas para logo à noite.
             Sorrindo, Sérgio disse:
             - Vai ser uma noite muito bonita. Ainda me lembro o ano passado, quando soltaram os balões e todos queriam apanhá-los.
             Inês disse:
             - Eu ainda consegui apanhar um quando ele rebentou vi que lá dentro tinha um desenho muito bonito.
             Sérgio disse também:
             - O meu, estava cheio de papéis coloridos.
             Enquanto isso, o magusto ficou preparado e os visitantes começaram a aumentar, assim como a diversão.
             Pouco depois, vários homens acenderam as fogueiras e rapidamente se começaram a ouvir as castanhas estalar.
             Felizes, Sérgio e Inês comeram algumas castanhas e, quando olharam para a fogueira viram lá perto o senhor Bartolomeu, o habitante mais antigo da aldeia. Curiosos, aproximaram-se e ouviram-no perguntar a outras crianças:
             - Querem ouvir a história de S. Martinho?
             Várias crianças, inclusive os irmãos responderam:
             - Sim!
             Sorridente, Bartolomeu começou a contar:
             - À muitos, muitos anos num dia frio e chuvoso de Novembro, o soldado Martinho ia no seu cavalo e de repente começou uma terrível tempestade. A certa altura, apareceu à beira da estrada um homem a pedir esmola e como não tinha esmola para lhe dar, Martinho cortou a sua capa de soldado ao meio e deu uma parte ao pobre homem para que se protegesse do frio. Nesse momento, a chuva parou e o Sol começou a brilhar, alterando o tempo para quase verão. Por isso, todos os anos temos o verão de S.Martinho que nos traz uns dias melhores. Em sua homenagem, festejamos o magusto no dia 11 de novembro onde comemos as primeiras castanhas e os homens bebem vinho novo.
             Muito atentos, Inês e Sérgio não conseguiam desviar o olhar de Bartolomeu que disse ainda:
             - O magusto é uma das tradições do nosso país e muitas pessoas festejam-na.
             Curioso, Sérgio perguntou:
             - Como é que a festejam?
             Bartolomeu explicou:
             - Em muitos outros sitios também fazem fogueiras e perto do final os mais corajosos saltam-nas tentando conseguir o maior salto.
             Depois de ouvir a explicação, Inês disse:
             - Eu é que não saltava.
              Gozando, Sérgio disse:
             - Pois. Como és medricas, aposto que começavas logo a chorar.
             Fazendo uma careta para o irmão, Inês disse:
             - Os rapazes é que gostam de saltar.
             Depois de olharem um para o outro, Sérgio disse:
             - Este foi o melhor magusto de que me lembro.
             Sorrindo, Bartolomeu perguntou:
             - Porque dizes isso?
             Sérgio explicou:
             - Foi o melhor porque depois de comer umas castanhas tão boas, ainda aprendi a história de S. Martinho.

             Depois de algumas brincadeiras e de várias gargalhadas, Sérgio e Inês sentiam-se felizes pelo que tinham vivido e por tudo o que acabavam de aprender.

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