Numa manhã chuvosa e fria, os irmãos
Sónia e Salvador de 8 e 10 anos viam atentos os desenhos animados que estavam a
dar na televisão.
Algum tempo depois, a mãe Teresa
aproximou-se e perguntou:
- Filhos, tenho que ir á fábrica onde o
pai trabalha para lhe entregar uns documentos de que se esqueceu. Ficam cá em
casa ou querem ir comigo?
Rapidamente, Salvador respondeu:
- Eu quero ir.
Logo de seguida, Sónia disse:
- Eu também.
Sorrindo, Teresa disse-lhes:
- Então, vamos vestir os casacos e
podemos ir.
Apressados, Sónia e Salvador foram
preparar-se e pouco depois já estavam prontos dentro do carro.
Ao chegarem à fábrica, os irmãos
sentiram o cheiro a chocolate e Salvador exclamou:
- Que cheiro tão bom!
Concordando, o pai Raúl disse:
- Sim, cheira muito bem. Agora, vamos
procurar o senhor Filipe que é o cozinheiro.
Depois de atravessarem uma sala onde
viram vários fornos, chegaram a uma outra onde estavam algumas pessoas a
trabalhar, inclusive o senhor Filipe. Ao se aproximarem, Raúl disse:
- Olá Filipe.
Filipe ao ver Raúl com os filhos,
disse:
- Olá!
Sorrindo, Raúl disse:
- Os meus filhos nunca visitaram uma
fábrica e como trabalho nesta, gostava que eles vissem como é.
Simpático, Filipe respondeu:
- Por mim, podem ver o que quiserem. Só
lhes peço é para não mexerem nas máquinas.
Feliz,
Salvador disse:
-
Nós não mexemos em nada.
Guiados
pelo pai, Sónia e Salvador começaram por visitar o armazém onde viram inúmeros
sacos com diversos ingredientes. De seguida, foram a uma sala onde várias
pessoas preparavam os chupa-chupas e os distribuíam por longos e largos
tabuleiros.
Enquanto
os irmãos observavam atentamente toda aquela azáfama, Filipe aproximou - - se e
perguntou:
-
Querem aprender a fazer chupa-chupas?
Felizes
os irmãos responderam:
-
Sim!
Sorrindo,
foram para uma banca e com a ajuda e as indicações de Filipe, colocaram a
manteiga e o chocolate num tacho e Salvador ficou a mexer os ingredientes.
Enquanto
isso, Sónia untou uma folha de papel vegetal com manteiga e distribuiu os
pauzinhos.
Também
Raúl colaborava, cortando as avelãs e as sultanas.
Pouco
depois, quando o chocolate começou a ferver, Filipe e Raúl distribuiram-no
pelos pauzinhos fazendo círculos. A seguir, Salvador e Sónia salpicaram os
círculos com avelãs, sultanas e algum côco ralado.
Terminada
a tarefa, Raúl e Filipe transportaram o tabuleiro para outra bancada e Sónia e
Salvador para além de estarem contentes, estavam também ansiosos por ver como
iriam ficar os chupa-chupas.
Percebendo
a ânsia dos filhos, Raúl disse-lhes:
-
Filhos, agora que os chupa-chupas estão a solidificar, vamos para casa.
Rapidamente,
Salvador perguntou:
-
Então não os vamos ver quando ficarem prontos!?
Sorrindo,
Raúl disse:
-
Só amanhã é que eles ficam prontos.
Agora
um pouco desanimada, Sónia exclamou:
-
Oh!
Percebendo
a tristeza das crianças, Filipe disse:
-
Não se preocupem que eu vou deixá-los no tabuleiro para que sejam vocês a
tirá-los.
Já
um pouco mais felizes, Sónia e Salvador foram para casa ansiosos pelo próximo
dia.
No
dia seguinte, logo ao acordarem os irmãos perguntaram à mãe:
-
Podemos ir à fábrica?
Sorrindo,
Teresa disse:
-
Claro que sim.
Felizes,
Sónia e Salvador foram à fábica e com muito cuidado retiraram os chupa-chupas
do tabuleiro.
Ao
observarem-nos agora com atenção, os irmãos viram como estavam bonitos e com um
cheiro tão bom.
Depois
de tudo terminado, Filipe aproximou-se dos irmãos e com um grande sorriso,
disse:
-
Os chupa-chupas que fizeram estão muito bonitos e pelo que os nossos provadores
disseram, estão muito bons.
Sorrindo,
Sónia e Salvador exclamaram:
-
Boa!
Percebendo
a alegria dos irmãos, Filipe disse:
-
Como sei que adoraram fazer os chupa-chupas, quero que saibam que podem cá vir
sempre que quiserem. Quero também que levem alguns dos chupa-chupas para
mostrarem em casa.
Feliz,
Salvador disse:
-
Eu vou cá voltar sempre que puder.
Com
um grande e bonito sorriso, Sónia disse:
-
Eu também. Quero fazer muitos chupa-chupas.
De
regresso a casa, os irmãos contaram à mãe o que tinha acontecido e
mostraram-lhe os chupa-chupas que tinham feito.
Sorrindo,
a mãe disse:
-
Estou a ver que vão ser dois doceiros espetaculares.
Contentes
com as palavras da mãe, os irmãos abraçaram-na e disseram:
-
Vamos ser os doceiros da familia.
Depois
de tudo isto, o dia terminou e muito felizes, Sónia e Salvador recordaram para
sempre aquele dia.
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