terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

O Pasteleiro Mágico

Com sete anos, Simão adorava jogar à apanhada com os amigos Hugo e João.
         Numa tarde em que brincavam na Praceta Bombom, Simão correu a fugir de Hugo e só parou quando olhou para a montra da pastelaria Delicia e viu as inúmeras guloseimas que lá existiam.
         Os amigos aproximaram-se e, deliciados com tantas coisas boas ficaram alguns minutos a observar o interior da loja. Enquanto olhavam, viram atrás do balcão um senhor com uma bata branca e com um divertido chapéu.
         Enquanto olhavam, João disse:
         - Vamos lá!
         Ao entrarem, encontraram um cheiro a chocolate e a baunilha. Deliciados com tudo aquilo, os amigos não viram o senhor da bata aproximar-se e, só quando ele falou é que os amigos desviaram o olhar de todas aquelas guloseimas.
         - Olá!
         Assustados, os amigos olharam-no e disseram:
         - Olá!
         O senhor disse:
         - Sou o Luís, o pasteleiro.
         Um a um, os amigos apresentaram-se e menos assustados disseram:
         - Esta loja é muito bonita!
         Sorrindo, o pasteleiro pegou num prato com alguns doces e disse:
         - Provem o que aqui tenho e depois digam o que acham.
         Depois de cada um tirar um bombom, comeram-nos e mostrando um grande sorriso, Simão disse:
         - Tão bom! Sabe a morango, chocolate e a outra coisa que não sei o que é.
         Também sorrindo, Hugo disse:
         - Este também é muito bom. Sabe a vários frutos, a leite e a outra coisa que também não sei o que é.
         Fazendo uma expressão um pouco esquisita, João disse:
         - Este é amargo e sabe a laranja.
         Desculpando-se, o pasteleiro disse:
         - Tiveste azar em ter escolhido esse. Esses bombons não ficaram bons e nem com açúcar eles melhoram. Experimenta estes amarelos que são uma receita nova.
         Depois de provar os bombons, João disse:
         - Estes sabem a banana e a café.
         Sorrindo, Luís disse:
         - Venham ver a minha cozinha.
         Adorando a ideia, os amigos seguiram-no só parando ao pé da porta. Luís, entrou na cozinha e foi a um armário buscar três aventais. Depois de os entregar aos amigos, entraram todos na cozinha onde viram, várias formas, muitos livros, inúmeros utensílios e ainda diversos frascos com cores esquisitas.
         Depois de os amigos observarem tudo, Luís perguntou:
         - A montra está quase vazia e vou ter que fazer mais uns doces. Querem ajudar-me?
         Gostando da ideia, os amigos responderam:
         - Sim!
         Poucos minutos depois, começaram a trabalhar. Enquanto Luís preparava o forno, Simão, João e Hugo mexiam uma grande taça de ovos e outros ingredientes.
         Depois de estar tudo bem mexido, Luís foi buscar um dos frascos com cores esquisitas e juntou à massa algumas colheres do pó lá existente. Instantaneamente, a massa do bolo ficou com as cores do arco-íris e com um forte aroma a rosas.
         Ansiosos para verem como ficaria o bolo depois de preparado, os amigos ajudaram Luís a colocá-lo no forno.
         Alguns minutos depois, apareceu um fumo cor-de-rosa e um som parecido com o cantar dos pássaros. Sorridente, Luís abriu o forno e tirou de lá o bolo, muito colorido e com a forma de um castelo de princesas.
         Ao verem que estava muito bonito, os amigos olharam para Luís e disseram-lhe:
         - Está muito bonito!
         Feliz, Luís agradeceu e disse:
         - Obrigado! Mas, sem a vossa própria magia, o bolo nunca teria ficado tão bonito.
         Enquanto falava, Luís cortou e distribuiu bolo pelos amigos que estavam maravilhados com tudo o que tinha acontecido.
         A partir desse dia, os amigos ocupavam os seus tempos livres a ajudar Luís e a continuar a utilizar a magia para criar os bolos mais bonitos e deliciosos.

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