quarta-feira, 1 de outubro de 2014

A Caça Ao Tesouro

 Sentados no parque da aldeia Pintinha, os irmãos Dânia de 8 anos e David de 10 brincavam com os seus bonecos preferidos. Enquanto se divertiam, o jardineiro Rodolfo aproximou-se e sorridente, perguntou:
- Já estão à procura do tesouro?
Sem saberem do que Rodolfo estava a falar, David perguntou:
- Que tesouro?
Rodolfo respondeu:
- A associação recreativa organizou uma caça ao tesouro aqui na aldeia e por isso, pensei que estavam a participar.
Curiosa, Dânia perguntou:
- Como é isso?
Rodolfo explicou:
- Pelo que tenho ouvido, acho que estão várias pistas espalhadas pela aldeia e quem as encontrar e seguir, vai ter um prémio.
Rapidamente, David perguntou:
- E o que é o prémio?
Rodolfo respondeu:
- Isso não sei.
Depois de se despedirem, os irmãos regressaram a casa e lá, Dânia contou á mãe Benedita:
- O jardineiro Rodolfo disse-nos que vai haver uma casa ao tesouro aqui na aldeia.
Sorrindo, Benedita disse:
- Já ouvi falarem nisso mas, não liguei ao assunto.
Rapidamente, David perguntou:
- Podemos participar?
Benedita respondeu:
- Se ainda forem a tempo, claro que podem.
No dia seguinte, logo de manhãzinha Dânia e David foram para o parque e, ao encontrarem Rodolfo perguntaram-lhe:
  - Como podemos participar na caça ao tesouro?
Rodolfo explicou:
- Só têm que ir ao pavilhão de desporto buscar a primeira pista.
Despedindo-se, os irmãos foram ao pavilhão e de lá tiraram a pista onde leram:
       Imóvel e sereno, segura a sua obra.

     Rodeado de malmequeres protege o que sobra.
Ao lerem a pista, David perguntou:
- O que quererá isto dizer?
Dânia pensou um pouco e disse:
- Imóvel e sereno só pode ser uma estátua e como diz que segura a sua obra, só pode ser a que está na praça Escrita.
Concordando, David disse:
- Tens razão. Só pode ser isso.
A correr, os irmãos chegaram á praça e lá, aproximaram-se da estátua. Olhando-a atentamente, viram diversos malmequeres e escondido no meio estavam uns papéis. Pegando num, leram:
       No pé do vaso colorido está outra solução.
     Seguindo-a vais descobrir a próxima questão.
Pensativos, os irmãos olharam para todos os lados mas não viram nenhum vaso quebrado e tristes, sentaram-se na berma do lago. Enquanto pensavam, David disse:
 - Aqui há muito vasos e acho que não é para andarmos a ver um a um qual é.
Dânia perguntou:
- Então, qual pode ser?
David respondeu:
- Não sei. Mas, não deve ser um vaso normal como os que aqui estão.
Algum tempo depois, Dânia disse:
- Não me consigo lembrar de nenhum vaso diferente.
Interrompendo o pensamento, David exclamou:
- Já sei!
Rapidamente, Dânia perguntou:
- O quê!?
David respondeu:
- Na praça Corneta, há o vaso das Cores. Só pode ser ele.
Felizes, os irmãos foram para a praça Corneta e vendo o vaso, correram até ele. Olhando-o atentamente, viram as suas diversas cores e ao observarem a sua base, encontraram uns papéis. Retirando um, leram:
        Entre penas e sementes encontras a explicação 
        que te vai conduzir a mais uma questão.
Sem entenderem a mensagem, os irmãos sentaram-se na berma do lago e, depois de pensarem um bocado, Dânia disse:
- Só podemos encontrar as penas dos pássaros que aqui voam. Mas, não sei que sementes podem ser.
Pensativo, David disse:
- Só se forem as sementes que os pássaros comem.
Sorrindo, Dânia disse:
- Vamos ao pé das gaiolas ver se encontramos alguma coisa.
A correr, foram às gaiolas e lá começaram a procurar a pista. Enquanto observavam as cascas das sementes, David viu um pequeno papel atrás do ninho e disse:
- Está aqui outro papel.
Feliz, Dânia aproximou-se do irmão e leu:
           Perto da grande oliveira observa com atenção,
         Num ramo escondido estará a informação.                     
Rapidamente, David disse:
- A grande oliveira só pode ser a que está perto do repuxo.
Correndo, os irmãos chegaram ao repuxo e aproximaram-se da grande oliveira, observando-a. Desejosa de encontrar alguma coisa, Dânia deu uma volta ao redor da árvore e ao olhar para o tronco, viu um pequeno ramo muito discreto e camuflado pelo musgo. Tocando-lhe, Dânia encontrou outro papel onde estava escrito:
         Envolto em plástico cinzento, escondido no grande chorão

         alcanças a diversão de te tornares valentão.
Ao lerem a mensagem, o desejo de terminar o enigma aumentou e rapidamente, Dânia disse:
- O chorão só pode ser o que está perto da estátua sisuda.
A correr, os irmãos foram até á estátua e aproximaram-se do chorão. Lá, ao observarem os seus ramos e folhagem, viram um saco cinzento pendurado.
Instantaneamente, começaram a saltar tentando alcançá-lo. Vários saltos depois, David conseguiu alcançá-lo e puxou-o, fazendo com que caísse e desse modo, espalhou pelo chão diversas e variadas guloseimas.
Felizes, os irmãos guardaram tudo e regressaram a casa, felizes com o resultado daquele desafio.

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