quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

O Parque Misterioso

            Num dia de sol e de calor, os amigos Sara, Tomás, Catarina, Bruno, Patrícia, Tó, Cristiana e André resolveram ir visitar o parque da aldeia, onde veriam flores, árvores e arbustos das mais diversas origens. Sendo um jardim com tantas espécies diferentes, era muito apreciado e era um dos mais belos jardins do país. Saíram e levando máquinas fotográficas dirigiram-se ao Parque Plutão. Ao chegarem, começaram a tirar fotografias e já preparados para regressar a casa, observaram uma senhora que corria e gritava:
        - Socorro! Socorro! Ajudem-me! Não encontro os meus filhos!
        Todas as pessoas que se encontravam no parque correram em auxílio da senhora. O grupo de amigos aproximou-se e ouviu:
        - Não encontro os meus filhos! Ainda à pouco estavam ao pé de mim e foi só virar a cabeça, quando voltei a olhar, já tinham desaparecido – contava a senhora.
        As pessoas que se tinham aproximado para saber a causa de tanto grito, pensando que a senhora era maluca, afastaram-se.
        Querendo saber mais informações sobre aquele caso, os amigos dirigiram-se à senhora e a Catarina perguntou:
        - O que se passa?
        - Não encontro os meus filhos – respondeu a senhora a chorar.
        - Tenha calma! Conte-nos como é que os perdeu – pediu a Cristiana.
        A senhora contou:
        - Eu e os meus filhos, resolvemos vir hoje visitar este jardim. Dirigimo-nos ao lago onde vimos os patos e os peixes. De seguida, fomos comer um gelado e sentámo-nos naquele banco. Comemos os gelados e estávamos a conversar quando ouço alguém chamar: Marta! Espantada, olhei, procurando quem me chamava. Vi que era a Susana, uma antiga amiga de escola. Aproximámo-nos e estava para apresentar os meus filhos, quando olhei e já não os encontrei. Perguntei à Susana se os tinha visto e ela disse-me que não. Comecei a chamar por eles e nada, então resolvi pedir ajuda.
        - Vamos todos procurá-los – disse o Tomás.
        - Vamo-nos dividir e procurar os seus filhos – disse o Bruno – como se chamam?
        - Os meus filhos chamam-se Alzira e Jorge – disse a Marta.
        - Vamos fazer os grupos. Catarina e Tomás, vocês vão procurar na zona dos lagos e dos cactos. Cristiana, André e Patricia vão procurar perto das estufas das flores. O Bruno, o Tó e eu vamos procurar na zona das palmeiras e dos chorões – disse a Sara.
        Começaram todos a procurar até que o André disse:
        - Pessoal! Encontrei dois bonés, venham cá!
        Foram todos ter com o André que disse:
        - Eles estiveram aqui, vamos ver se encontramos mais alguma coisa.
        Continuaram a procurar e encontraram um relógio, um pacote de lenços e um gancho do cabelo.
        Esperando encontrar mais alguma coisa, continuaram a procura até que viram um bando de pássaros levantar voo, dali de perto.
        Foram até ao local de onde saíram os pássaros e vêm um campo cheio de erva alta e de tocas. Continuaram a procurar e enquanto procuravam foram surpreendidos por um cão, que ao vê-los se escondeu.
        Já cansados da busca, saíram do campo e para surpresa de todos encontraram no chão uma tampa de madeira, com um buraco no centro que levantaram facilmente.
        Por debaixo da tampa encontraram uma espécie de loja com várias portas. Entraram numa e não encontraram nada. Foram a outra e também não viram nada. Entraram na terceira e assustados viram inúmeros pássaros saírem de lá.
Esperançados chamaram:
        - Alzira! Jorge!
        Logo de seguida, ouviram uma voz baixinha dizer:
        - Estamos aqui!
        Ao ver as crianças, o grupo tirou-os para fora, onde entre choros e alegria, as crianças contaram:
        - Estávamos a andar quando vimos um lindo pássaro cor-de-laranja. Corremos para o apanhar mas ao passarmos aqui, caímos neste buraco. Começámos a gritar, mas ninguém nos deve ter ouvido.
        No caminho de regresso as crianças disseram:
        - Lá em baixo, há muitos pássaros bonitos, que todos deviam ver.
        Depois de conversarem todos o Tomás disse:
        - Podíamos ir falar com a dona do jardim e perguntar-lhe se não quer mostrar os pássaros aos visitantes.
        Foram falar com a dona do jardim, ao que ela disse:
        - Mas é claro que gostaria que as pessoas vissem os pássaros.
        Foram todos falar com o presidente da Pedreta, o sr. Arnaldo pedindo para arranjar aquele espaço de maneira a poder receber visitas. Depois de arranjado o espaço, a Pedreta passou a ter outro local de visita.
        Depois de tudo terminado, os amigos ocupavam muito dos tempos livres a passear no jardim a observar as plantas e os belos pássaros lá existentes.
        Numa tarde cheia de sol em que os amigos passeavam pela Pedreta ouviram o senhor Pelicano, o jornaleiro anunciar:
        - Desaparecimento de pássaros do Parque Plutão!
        Ao ouvirem aquilo, o Bruno apressou-se a ir comprar um jornal, onde leu:
        “Gaiolas abertas, ninhos no chão e diversos ramos de árvores partidos, foram encontrados esta manhã no Parque Plutão. Sem quaisquer suspeitas, a polícia encerrou o local com o intuito de investigar o caso.”
        Os amigos, achando o texto interessante e com desejo de aventuras, comentaram:
        - Temos que lá ir ver se encontramos alguma coisa – disse o Bruno.
        - Mas, como vamos fazer para entrar? – perguntou a Sara.
        Vamos a minha casa buscar o meu cão, o Bóbi – disse o André.
        Apressados foram buscar o cão, indo de seguida para o parque.
        Lá, colocaram o cão no interior do jardim e apressados dirigiram-se aos guardas, dizendo:
        - O nosso cão entrou para o jardim, podemos ir buscá-lo?
        Os guardas responderam:
        - Podem, mas têm de ser rápidos.
        Ao entrarem, os amigos dirigiram-se aos ramos partidos dando-os ao Bóbi para cheirar. Ao acabar de cheirar, o Bóbi começou a farejar e afastou-se uns metros, chegando a uma pequena gruta escavada na rocha.
        Os amigos aproximaram-se da rocha e um a um espreitaram para dentro da gruta. Lá dentro viram inúmeras gaiolas vazias.
        Decididos a apanhar os ladrões, os amigos deixaram escondido num canto, o telemóvel do André preparado para gravar conversas.
        Cada um regressou para a sua casa, passando a noite muito curiosos e impacientes. No dia seguinte reuniram-se e dirigiram-se à gruta, de onde tiraram o telemóvel.
        Ainda mais entusiasmados foram para casa da Catarina, preparados para ouvir a gravação do telemóvel, onde escutaram:
        “Levem três gaiolas pequenas e duas grandes. A nossa colheita já tem pouco espaço. Temos que ser rápidos, pois o comprador vem cá amanhã.”
        Apressados, os amigos dirigiram-se para a gruta e ao chegaram perto da entrada, ouviram:
        - Cuidado! Se foge algum pássaro estamos tramados.
        Vendo que os ladrões já tinham chegado, os amigos esconderam-se próximo da gruta, onde podiam ver e ouvir sem serem vistos. Passado algum tempo sem acontecer nada, o André disse:
        -Ouçam! Está um carro a aproximar-se.
        Em silêncio, ouviram uma travagem e por entre as ervas viram o carro parar e dois homens chineses saírem do seu interior.
        Observaram os homens e viram que um alto e magro transportava uma mala de cabedal, enquanto que o outro baixo e gordo puxava um estrado com rodas.
        Não sabendo como apanhar os homens, os amigos ficaram à escuta tentando ouvir mais alguma conversa.
        - Ó Flausino, vamos começar por carregar as gaiolas mais pequenas. Depois, vais descarregar a mercadoria na garagem do Bernardino. Quando acabares, voltas cá para levar as restantes gaiolas – dizia uma voz.
        -Mas, ó Angelino eu preciso de ajuda para impedir que as gaiolas caiam durante a viagem – disse o Flausino.
        -Eu vou telefonar ao Claudino para nos vir ajudar. Tens é de vir comigo para trazermos cordas.
        Vendo que os ladrões se afastavam, os amigos saíram do esconderijo. O Bruno, com o seu telemóvel contactou a polícia e contou-lhes o que se estava a passar.
        A polícia dirigiu-se rapidamente para o parque e depois de esperar um bocado conseguiu capturar os ladrões.
        Os amigos, ainda mais felizes decidiram ir falar com o escritor Alfredo, que transformou a aventura num livro de sucesso.

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